São Lendas Urbanas contadas por pessoas leigas que juram ser verídicas ...
A passageira
Contam os taxistas de Belém que,certa vez,um motorista
de taxi já cansado de rodar a cidade inteira em busca de
passageiro,em vão,pois naquele dia o movimento havia
caído,passou em frente ao cemitério Santa Izabel por
volta das 11:56 da noite.Sonolento,rápido se espertou ao
ver uma mulher bem vestida fazendo sinal,estava tão
feliz que nem achou estranho o fato de ela estar saindo
do cemitério aquelas horas.
-Onde a senhora deseja ir ?-Perguntou o infeliz.
-Me leve para dar um passeio pela cidade.
E assim foi,o homem rodou a cidade inteira,levando a
misteriosa mulher aos diferente pontos turísticos da
cidade.Após horas de passeio,o homem preocupado
decide perguntar;
- A senhora tem dinheiro para pagar não tem?
-Ah!sim,me leve de volta para o cemitério Santa Izabel !
O taxista já começava a desconfiar que havia algo de
sobrenatural na mulher,e se perguntava o que ela ia fazer
aquelas horas no cemitério,já suando frio e não
conseguindo encará-la de frente ,ele finalmente chega ao
cemitério.
-Aqui está,vá amanhã neste endereço cobrar o preço da
corrida-disse a mulher deixando um endereço com o
motorista que,se não tivesse com tanto medo jamais
aceitaria cobrar no dia seguinte.Assim foi,no outro dia
pela tarde o homem chega ao endereço dado pela
mulher,encontra no lugar uma grande casa,a estilo das
antigas,mal cuidada,de janelas de vidro quebradas e
coberta por teias de aranha.Logo o homem é recebido
por uma senhora;
- É...desculpe senhora,é que ontem eu fiz uma corrida
para uma môça e ela me deu esse endereço para
cobrar...
-Môça?que môça?
-Uma branca,cabelos escuros e lisos,ela estava em
frente ao cemitéio Santa Izabel-Logo ele percebe a
mudança na feição da pobre senhora,ao olhar para a
parede ele vê a foto da tal mulher misteriosa e diz-Veja !
foi aquela ali !!!
-(riso)Meu senhor,aquela alí é minha filha,sempre no seu
aniversário costumava ganhar de meu marido um passeio
de taxi pela cidade inteira,mas agora isso é
impossível,pois ela morreu já faz dez anos.
Os taxistas dizem que até hoje é possível encontrar a tal
mulher misteriosa,na noite de seu aniversário fazendo
sinal para os taxistas em frente ao cemitério Santa
Izabel.
Cafezinho das três no cemitério
Três horas da tarde, sol ardente. Hora sagrada do cafezinho dos
quatro coveiros, que, sentados em um túmulo, contavam histórias de arrepiar.
De repente, o sol se põe. O tempo obscureceu. Começou a trovejar. O céu anunciou chuva, vento forte, temporal. Amedrontados, perceberam que isso só estava acontecendo dentro das limitações geográficas do cemitério. Foi coveiro correndo pra todo lado.
Nesse momento tremularam catacumbas, túmulos, covas abertas, etc. As folhas das árvores choveram sobre o cemitério. Ninguém enxergava mais nada.
Um dos coveiros, espantado, notou que o portão grande do cemitério ora abria, ora fechava, e batia uma parte na outra assustadoramente. Parecia o badalo do sino de Deus anunciando o fim do mundo. De súbito, observou uma silhueta vultosa, esbranquiçada, tentando se esconder da tempestade. Não compreendendo o mistério e tremendo de medo, de sua boca ecoou um grito pavoroso, dizendo: É alma penada! É bicho feio! Valha meu Deus!
Começara a rezar para São Miguel Arcanjo (A Oração contra as ciladas do demônio...).
Dos outros coveiros, viam-se apenas seus olhos esbugalhados fitando aquela figura estranha que parecia bicho de outro mundo.
Um dos coveiros, tenso, pasmo, seguiu com os olhos aquela “coisa”, que flutuava perdidamente, em ziguezague, em busca de abrigo.
Outro, apesar do momento esquisito e do ser fantasmagórico, só pensava nos túmulos que já tinham sido saqueados. Imaginava que se tratava de mais um vândalo ou de um ladrão, tentando assustá-los. (Poucos dias atrás tinha pegado um idiota defecando em cima de um túmulo. Ao flagrá-lo, lhe dera uns safanões, pontapés – este nunca mais se atreveu a importunar o sono sagrado dos mortos.)
Outro dia, dera falta das inscrições douradas, prateadas, de muitos jazigos. (Os parentes das vítimas exigiram das autoridades, justiça.)
O instante era de apreensão, medo, nervosismo. A ventania não parava. Aquela “coisa” esvoaçava como assombração peregrina... E de repente, sumira.
Um coveiro que não a perdera de vista foi ao seu encontro. Por sorte... se viu diante de um vulto mágico dentro duma cova, levitando. (Aquela cova aberta estava pronta para receber seu ilustre morador, que já estava a caminho.)
Assustado, o coveiro chamou um dos colegas, que ao se aproximar, deparou-se com aquela “coisa” dentro da cova. Foi tomado por uma síncope descomunal... Ao sentir-se vivo novamente, tratou de abandonar seu companheiro, seus pertences e deitou o cabelo...
Outro coveiro vendo aquela cena, aproximou-se, e ao ver aquilo, gritou: Sangue de Cristo tem poder! Isso é alma penada mesmo! Minha Nossa Senhora da Boa Morte! Saiu em disparada com as mãos à cabeça, tropeçando, caindo, se levantando, e aos berros dizia: Deus me livre! É o fim dos tempos! Socorro!
O coveiro, o corajoso, que olhava – a “coisa” resolveu lhe perguntar de supetão: - Que faz aí dentro dessa cova que não lhe pertence?!
E “a coisa” com uma voz trêmula do além, lhe respondeu sem pestanejar: - Vocês não me deixam em paz. Sentam em cima de mim contando histórias cabeludas, mentirosas; e ainda por cima, sujam meu túmulo com farelo de pão, de bolacha, café.
O coveiro, o corajoso, então lhe disse: - Vou chamar o padre para lhe dar a estrema-unção. Você não diz coisa com coisa. Ta louca! Ta na ânsia da morte.
E aquela “coisa” ali, como uma alma penada, engoliu a língua por uns segundos, e lhe respondeu: - Não precisa! Já to morto há muito tempo. Não ta me conhecendo? Sou o Luiz. Você que me sepultou. Não se Lembra de mim, Roberval?
O coveiro perturbado pensou: Santo Deus, isso não ta acontecendo comigo!... Vou buscar água benta e vou jogar em cima desta “coisa esquisita.”
A “Coisa” lhe respondeu aborrecida: - Você e os seus colegas estão usando meu túmulo como cozinha de cemitério. Não façam mais isso. Deixem-me descansar em paz. Quero ter o sono eterno que mereço.
E, falando isso, a alma penada elevou seu espírito até seu túmulo – que se abriu sozinho; ao adentrá-lo, pôde enfim dormir em paz para sempre. Ao repousar em sua última morada, fechou-se o túmulo, e misteriosamente, o temporal cessou.
Os coveiros do cemitério ficaram extáticos ao ver aquela alma se refugiar.
Prometeram que nunca mais usariam túmulos para tomar o costumeiro cafezinho das três.
De repente, o sol se põe. O tempo obscureceu. Começou a trovejar. O céu anunciou chuva, vento forte, temporal. Amedrontados, perceberam que isso só estava acontecendo dentro das limitações geográficas do cemitério. Foi coveiro correndo pra todo lado.
Nesse momento tremularam catacumbas, túmulos, covas abertas, etc. As folhas das árvores choveram sobre o cemitério. Ninguém enxergava mais nada.
Um dos coveiros, espantado, notou que o portão grande do cemitério ora abria, ora fechava, e batia uma parte na outra assustadoramente. Parecia o badalo do sino de Deus anunciando o fim do mundo. De súbito, observou uma silhueta vultosa, esbranquiçada, tentando se esconder da tempestade. Não compreendendo o mistério e tremendo de medo, de sua boca ecoou um grito pavoroso, dizendo: É alma penada! É bicho feio! Valha meu Deus!
Começara a rezar para São Miguel Arcanjo (A Oração contra as ciladas do demônio...).
Dos outros coveiros, viam-se apenas seus olhos esbugalhados fitando aquela figura estranha que parecia bicho de outro mundo.
Um dos coveiros, tenso, pasmo, seguiu com os olhos aquela “coisa”, que flutuava perdidamente, em ziguezague, em busca de abrigo.
Outro, apesar do momento esquisito e do ser fantasmagórico, só pensava nos túmulos que já tinham sido saqueados. Imaginava que se tratava de mais um vândalo ou de um ladrão, tentando assustá-los. (Poucos dias atrás tinha pegado um idiota defecando em cima de um túmulo. Ao flagrá-lo, lhe dera uns safanões, pontapés – este nunca mais se atreveu a importunar o sono sagrado dos mortos.)
Outro dia, dera falta das inscrições douradas, prateadas, de muitos jazigos. (Os parentes das vítimas exigiram das autoridades, justiça.)
O instante era de apreensão, medo, nervosismo. A ventania não parava. Aquela “coisa” esvoaçava como assombração peregrina... E de repente, sumira.
Um coveiro que não a perdera de vista foi ao seu encontro. Por sorte... se viu diante de um vulto mágico dentro duma cova, levitando. (Aquela cova aberta estava pronta para receber seu ilustre morador, que já estava a caminho.)
Assustado, o coveiro chamou um dos colegas, que ao se aproximar, deparou-se com aquela “coisa” dentro da cova. Foi tomado por uma síncope descomunal... Ao sentir-se vivo novamente, tratou de abandonar seu companheiro, seus pertences e deitou o cabelo...
Outro coveiro vendo aquela cena, aproximou-se, e ao ver aquilo, gritou: Sangue de Cristo tem poder! Isso é alma penada mesmo! Minha Nossa Senhora da Boa Morte! Saiu em disparada com as mãos à cabeça, tropeçando, caindo, se levantando, e aos berros dizia: Deus me livre! É o fim dos tempos! Socorro!
O coveiro, o corajoso, que olhava – a “coisa” resolveu lhe perguntar de supetão: - Que faz aí dentro dessa cova que não lhe pertence?!
E “a coisa” com uma voz trêmula do além, lhe respondeu sem pestanejar: - Vocês não me deixam em paz. Sentam em cima de mim contando histórias cabeludas, mentirosas; e ainda por cima, sujam meu túmulo com farelo de pão, de bolacha, café.
O coveiro, o corajoso, então lhe disse: - Vou chamar o padre para lhe dar a estrema-unção. Você não diz coisa com coisa. Ta louca! Ta na ânsia da morte.
E aquela “coisa” ali, como uma alma penada, engoliu a língua por uns segundos, e lhe respondeu: - Não precisa! Já to morto há muito tempo. Não ta me conhecendo? Sou o Luiz. Você que me sepultou. Não se Lembra de mim, Roberval?
O coveiro perturbado pensou: Santo Deus, isso não ta acontecendo comigo!... Vou buscar água benta e vou jogar em cima desta “coisa esquisita.”
A “Coisa” lhe respondeu aborrecida: - Você e os seus colegas estão usando meu túmulo como cozinha de cemitério. Não façam mais isso. Deixem-me descansar em paz. Quero ter o sono eterno que mereço.
E, falando isso, a alma penada elevou seu espírito até seu túmulo – que se abriu sozinho; ao adentrá-lo, pôde enfim dormir em paz para sempre. Ao repousar em sua última morada, fechou-se o túmulo, e misteriosamente, o temporal cessou.
Os coveiros do cemitério ficaram extáticos ao ver aquela alma se refugiar.
Prometeram que nunca mais usariam túmulos para tomar o costumeiro cafezinho das três.
Matinta-Perêra
Dizem os caboclos que sempre que saem para a
floresta,são surpreendidos pelo assobio da matinta-
perêra.O assobio quando vem de longe é por que ela
está perto,quando vem de perto é por que ela está
longe.É uma mulher que durante o dia,parece
normal como todas as outras,já durante as noite de
luar sai fazendo assombração pelo mato,esta é sua
sina.O caso é tão sério que nas delegacias regionais
do Pará,existem casos que entraram para o livro de
ocorrências como o dos estudantes que foram
acampar no interior do estado e tiveram uma noite
perturbadora,perseguidos pela matinta-perêra.A
Matinta tem o dom de prender as pessoas no
mato,fazendo até os mais experientes caçadores e
caboclos se perderem pelos caminhos.As pessoas
sob o encanto da Matinta,passam a andar em
círculos pensando que estão caminhando
normalmente.Se acompanhadas,podem estar do
lado da pessoa mas não a vê,nesse momento basta
pegar um cipó,encher de nó,jogar para trás e
dizer"Matinta-perêra vai desatar esses nós e passa
amanhã lá em casa pedindo café e tabaco",no dia
seguinte a primeira pessoa que passar pedindo café
e tabaco é a matinta.Na hora de sua morte,triste e
horrível,a matinta -perêra pergunta "quem
quer?",quem dizer sim,achando se tratar de uma
grande herança acaba tomando para si,a sina de
Matinta-perêra e continuando o ciclo do terror.
Nenhum comentário:
Postar um comentário