Os
dez anos da morte do jornalista Tim Lopes foram relembrados neste sábado com
uma série de homenagens no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. O
evento, organizado pela irmã de Tim, Tania Lopes, com o apoio do AfroReggae,
teve ainda uma série de serviços oferecidos pelo governo do Estado e pela
prefeitura para a população. O jornalista foi morto em 2002, quando fazia uma
reportagem sobre exploração sexual infantil na favela da Grota, no Alemão.
Um
varal com 3.653 lenços brancos foi estendido, relembrando os dias que passaram
desde o assassinato. Amigos, familiares e simpatizantes de Tim Lopes estiveram
presentes na homenagem. Dentre eles, a mãe do repórter, Maria do Carmo Lopes do
Nascimento, 90 anos, o irmão e também jornalista Miro Lopes, e o filho de Tim,
Bruno Quintella, também jornalista e cineasta, que está produzindo um
documentário sobre o pai intitulado História de Arcanjo: um documentário sobre
Tim Lopes. Ainda passaram pelo evento o secretário de Segurança do Rio, José
Mariano Beltrame, o jornalista William Bonner e o ator Marcos Frota.
Um
ato ecumênico foi realizado no Campo do Sargento e contou com a presença de
Frei Davi, do Educafro, do Babalorixá Carlinhos de Ogum e do pastor metodista
José Magalhães. Eles falaram da importância de Tim e do exemplo que o
jornalista deixou por ter lutado e sofrido por uma causa, fazendo de sua morte
uma transformação. O encerramento das homenagens se deu após uma caminhada até
a Pedra do Sapo, onde o corpo de Tim Lopes foi encontrado.
Serviços
para a população
Durante
o evento, a população da comunidade pode aproveitar os serviços promovidos pelo
governo do Estado e pela prefeitura, como retirada de documentos, atendimento
médico e odontológico e assistência jurídica gratuita. O projeto Empregabilidade,
do AfroReggae, também esteve presente, cadastrando pessoas para seleções de
emprego. A comunidade do Alemão ainda pode participar de oficinas de dança,
percussão e circo e de atividades de recreação para crianças.
fonte : noticias.terra.com.br
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