A carteira de identidade
digitalizada prevê mais segurança,
redução de fraudes e falsidade ideológica.
Conheça a novidade
Uma coisa é certa, um dia nossos documentos de identidade
serão assim: um cartão plástico com chip eletrônico contendo dados
biográficos e biométricos, inclusive impressões digitais. O
primeiro passo foi dado no final de 2010, quando o presidente Lula
lançou oficialmente o RIC – Registro de Identidade Civil. O problema é
que até hoje, essa história não saiu do papel e, pelo jeito, ainda vai
levar algum tempo para se tornar realidade.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, 9 milhões de pessoas – cerca de
60% da população do estado – já têm um RG um pouco mais moderno. Na
parte da frente, tudo igual; apenas a foto e as informações que todo
mundo já conhece. A diferença está na parte de trás do documento.
"O documneto que existe hoje no Rio de Janeiro tem características
adicionais de segurança e biometria embarcada impressa no documento que
permite a certificação da identidade offline a partir do próprio
documento", explica Antonio Carlos Censi, diretor de tecnologia da
Montreal Informática.
Esses códigos bidimensionais, similares aos QR Codes, trazem as
informações de duas impressões digitais, foto e assinatura – todas
digitalizadas. Tudo é criptografado, o que garante uma segurança ainda
maior para o cidadão. Apenas com um leitor específico, é possível
traduzir essa informação; e não há sequer a necessidade de acesso a
um banco de dados.
A coleta das impressões digitais e da assinatura são totalmente
digitais. Com isso, é possível garantir que cada cidadão tenha um único
documento baseado na sua biometria. Além de ser um RG mais seguro para a
população, essa carteira de identidade digitalizada contribui
ainda para os serviços de segurança pública e até o comércio, com a
redução de fraudes e falsidade ideológica. Aqui no Rio, documento falso é
coisa rara hoje em dia.
"É praticamente impossível, os casos que tem ocorrido são casos de
falsificação usando o documento antigo, mudado em 1999", comenta o
diretor de tecnologia.
Esta diferença no documento de identificação usado no Rio de Janeiro
evita que uma mesma pessoa seja identificada por mais de um número de
registro em diferentes estados do país; ou ainda que alguém seja
confundido com outra pessoa de mesmo nome. A precisão dos
códigos bidimensionais é acima dos 99% de acerto. Na hora do cadastro, a
impressão digital do cidadão é comparada com os outros 9 milhões de
cadastrados em questão de segundos. Manualmente, essa comparação seria
praticamente impossível.
Atualmente não existe unicidade nem padrão dos documentos de
identificação no Brasil. Cada estado tem seu próprio RG. Claro, algumas
especificações são obrigatórias, mas nada impede que duas pessoas de
regiões diferentes tenham o mesmo número de registro, por exemplo. A
proposta do RIC é acabar com isso; mas pelo andar da carruagem, a
previsão é de que esta substituição ainda leve entre 10 e 12 anos para
ser concluída.
Com a questão tecnológica praticamente resolvida, o problema agora é
dinheiro. A emissão de um RIC custa cerca de vinte vezes mais do que um
RG comum. O documento plástico trará não só o biótipo, mas também número
de outros documentos agregados, como CPF, título de eleitor, carteira
de habilitação e de trabalho; tudo em um mesmo lugar.
Se você quiser conhecer mais detalhes sobre o RIC, o Ministério da
Justiça colocou no ar um site para tirar todas suas dúvidas a respeito
do novo documento. Acesse o link acima e conheça todos os detalhes.
fonte : olhardigital.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário