Apesar da contradição ciência x religião, muitos estudos científicos já apontaram benefícios da religião: as pessoas religiosas são mais felizes e saudáveis, e a religião oferece uma comunidade social.
Além disso, em um mundo globalizado, as migrações e o medo da instabilidade econômica aumentam, e quando os valores das pessoas são ameaçados, a religião prospera.
Sendo assim, com certeza não vamos nos livrar dela, como algumas pessoas desejariam. Então, qual seria a forma de religião ideal?
Segundo especialistas, as religiões atuais vêm em quatro “gostos”: “festa sagrada”, como a queima de incenso, os sinos e a música coral celestial no catolicismo; “terapia”, por exemplo, as práticas de cura e expulsão de demônios entre alguns cristãos evangélicos; “busca mística”, como a busca do nirvana budista, e “escola”, como estudos detalhados do Corão na cultura islâmica ou a leitura do Torá no judaísmo.
Todos eles tocam em necessidades e desejos humanos básicos. Uma nova religião mundial seria uma mistura harmoniosa de todos eles: a euforia e a pompa de uma festa sagrada, a simpatia e o conforto da terapia, os mistérios e as revelações de uma jornada eterna e o carinho e ambiente didático de uma escola.
Vários festivais, feriados e rituais iriam manter seus seguidores viciados. Ritos muito bizarros, como a mutilação do corpo, por exemplo, não fariam parte da religião ideal (apesar de atitudes aterrorizantes como essa vincularem as pessoas intensamente, tais ritos não são compatíveis com as religiões do mundo).
Mesmo assim, rituais traumáticos podem ainda figurar como cerimônias de iniciação, porque as pessoas tendem a se comprometerem mais com uma religião, bem como serem mais tolerantes com suas falhas, depois de pagar um alto preço para entrar nela.
Já os encontros regulares dessa religião focariam na dança e no canto para estimular a liberação de endorfinas, fundamentais para a coesão social. Para fazer com que as pessoas voltem, deverá também haver alguns mitos que quebrem as leis da física – mas não muitos. Nenhum extremo misticismo, pois tende a levar a divergências.
Com muitos deuses e grande tolerância a práticas locais, a nova religião seria altamente adaptável às necessidades de diferentes congregações sem perder sua identidade unificadora. A religião também enfatizaria assuntos mundanos com os quais a população é muito preocupada, como promover a utilização de contraceptivos e estimular famílias pequenas, além de defender grandes questões ambientais, a filantropia, o pacifismo e a cooperação.
Pronto, montamos uma religião ideal. E, como tudo que é ideal, é apenas uma idealização, muito longe da realidade.
fonte : hypescience.com
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