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Em uma postagem recente havia comentado que comprei um kit teste de ancestralidade global pela empresa Genera, que por meio de coleta de saliva ou sangue consegue fazer uma análise do DNA de qualquer pessoa. Eu enviei minha coleta pelo correios e aguardava os meus resultados até receber na última segunda-feira um e-mail da Genera que o meu teste estava pronto, e os resultados foram os seguintes:
Europa 58%, sendo 39% da Ibéria, que compreende a região relativa a Portugal e Espanha. E 8% da Itália(Norte e Centro Sul), 6% da Europa Ocidental que abrange as atuais França, Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica, Holanda, Irlanda, Reino Unido, Liechtenstein e Luxemburgo, onde segundo o site da Genera na região havia vestígios de que seres humanos ocupam a região desde 35 mil anos atrás. As ilhas britânicas já fizeram parte do Império Viking, enquanto o território continental foi por muito tempo habitado por tribos celtas e germânicas. Após a queda do Império Romano, os reinos oriundos dessas tribos passaram a ser o poder dominante na região, eventualmente originando os Estados que conhecemos atualmente.
Ainda na Europa tenho 3% da Sardenha que é a ilha mais a oeste do território italiano, tendo sido efetivamente colonizada no período Neolítico, por volta de 5.000 AEC (Antes da Era Comum). 3% da Fenoscândia que é uma região do norte da Europa que abrange Suécia, Noruega, Finlândia e uma parte do noroeste da Rússia. Existem registros humanos na região datados de 7.000 AEC (Antes da Era Comum), de um povo chamado Maglemosiano. E menos de 2% do povo basco que se encontra fragmentado entre dois países, residindo no extremo norte da Espanha e sudoeste da França. Os bascos descendem de uma população ibérica que permaneceu relativamente isolada desde a pré-história, não sendo afetada geneticamente pelos movimentos migratórios que ocorreram no restante da região. Não se notam nos bascos, portanto, influências do norte da África ou do Cáucaso, presentes nas populações vizinhas.
Na África tenho 16% de ancestralidade sendo 15% a oeste da África onde abrange os atuais países Camarões, Gabão, República do Congo, Angola, Guiné Equatorial e trechos da Namíbia, África do Sul, República Centro Africana e República Democrática do Congo, bem como o arquipélago São Tomé e Príncipe. E menos de 2% Mandê que é o nome do grupo étnico-linguístico que habita a porção noroeste do continente africano, que hoje conhecemos como Mali, Mauritânia, Guiné, Guiné Bissau e Serra Leoa, bem como partes de Burkina-Faso, Libéria e Costa do Marfim. Os Mandês seriam descendentes dos antigos povos do Saara que migraram para oeste, tendo desenvolvido a agricultura independentemente há cerca de 5 mil anos. A cultura Mandê originou os Impérios de Gana e de Mali, dois dos maiores impérios africanos da história.
Nas Américas tenho 14% de descendência, sendo estes 9% do povo da Amazônia, 3% da América Central, menos de 2% do povo Tupi e e menos de 2% da América Andina. A Amazônia se estende por Equador, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela e a região Norte do Brasil, além de parte de Guiana e Suriname. Existem vestígios de presença humana na Amazônia datando de 11 mil anos atrás. Esta foi possivelmente uma das últimas regiões do mundo a ser povoada. Os povos nativos centro-americanos são aqueles que já habitavam a América Central antes da colonização europeia, ocupando a região que hoje é constituída por Belize, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e México. Os primeiros humanos chegaram à região por volta de 12.000 AEC (Antes da Era Comum), provenientes das populações da América do Norte. A região foi vastamente colonizada pelos espanhóis a partir de 1519. Os grupos de nativos sul-americanos pertencentes à família linguística Tupi-Guarani ocupavam todo o litoral brasileiro desde Rio Grande do Norte até São Paulo, além de boa parte do planalto meridional da região Sul e das regiões sudeste e sudoeste da Amazônia. A América Andina é constituída pelos países que se encontram na área da cordilheira dos Andes, sendo eles Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Chile. As primeiras populações chegaram na região há cerca de 17 mil anos, mas a principal sociedade a se desenvolver foi o império Inca, que teve seu auge no século XV.
E por último ainda tenho 12% de ancestralidade com povos do Oriente Médio e Magrebe, sendo 8% Levante, que compreende uma parcela significativa do Oriente Médio, que contém os atuais Líbano, Israel, Síria e Jordânia, e uma fração da Turquia e do Iraque, e 4% Magrebe que fica no noroeste da África, é uma região que faz parte do mundo árabe, incluindo os territórios do Marrocos, Tunísia, Argélia, parte de Mali, Líbia e Mauritânia, e o território disputado do Saara Ocidental.
Já suspeitava que o resultado seria provavelmente esse, uma vez que parte dos brasileiros tem grande miscigenação de povos indígenas, com portugueses e de escravos africanos. As amostras não mostraram traços asiáticos, mas fiquei surpreso ao saber a minha notável relação que tenho com povos do território onde hoje é a Itália. Provavelmente pelo império romano controlar parte da Europa sua influência genética chegou até Portugal antes de vir ao Brasil. Isso é apenas minha interpretação, no entanto, a verdade é que no decorrer dos séculos povos de várias partes do mundo se misturaram devido a guerras, pandemias ou outros fatores que desconhecemos.
Análise das minha amostras
Bem, deixo aqui os resultados da minha análise para quem quiser comparar, e para quem tem curiosidade recomendo que vale a pena fazer este teste, mesmo sendo um pouco caro.
Texto e imagens:
Fl@vio Antônio