Pode soar estranho, mas a ciência ainda não sabe definir a idade exata de uma pessoa. A não ser pela certidão de nascimento, um ser humano não descobrirá sua idade se depender apenas de testes e pesquisas biológicas. Os atuais meios de definição apenas atingem valores aproximados do que ainda é um mistério ao mundo acadêmico.
Longe de ser tão simples como as árvores – que têm idade definida a partir do número de anéis em seu caule –, mensurar a vida humana tem sido uma missão delicada para os cientistas. Nos últimos anos, estudos relacionados ao crescimento ósseo, número de cromossomos e células no sangue vêm tentando elucidar o tema. Contudo, o mais próximo que a ciência chegou (com seu estudo mais recente) foi a de “margem de erro” de dois anos para mais ou para menos.
Entenda os testes mais famosos
1 – Crescimento dos ossos
Para crianças, o método do crescimento ósseo pode ser realmente efetivo. Por exemplo, um teste realizado pela Fifa para descobrir a idade de jogadores da liga juvenil se baseou nos ossos dos garotos. Com 99% de efetividade, a instituição conseguiu separar aqueles que possuíam mais de 17 anos – e, portanto, não podiam fazer parte da equipe.
O problema é que crianças crescem diferentemente umas das outras, e o padrão dos ossos não é necessariamente considerado um padrão científico. Além do fato da estrutura óssea parar de crescer na fase adulta, o que impossibilita a completa ação do teste.
2 – De olho nos cromossomos
Outra possibilidade encontrada por pesquisadores foi tentar estudar o cromossomo humano. Mais especificamente, a região do telômero, área que diminui cada vez que a célula se divide. Apesar de possuir fortes relações com estudos sobre oncologia, descobriu-se – depois de um tempo – que os telômeros não são bons para descobrir a idade das pessoas.
3 – Glóbulos brancos
Segundo a pesquisa do Erasmus MC University Medical Center Rotterdam, existe uma célula nos glóbulos brancos que passa durante um rearranjo muito específico durante a passagem de tempo. Depois de muito estudo, descobriram que a margem desse processo travava em nove anos para mais ou para menos: e isso é tempo demais.
4 – Moléculas no sangue
Um estudo publicado em 2013 afirma que analisar moléculas – tais como aminoácidos – no sangue pode ser uma boa para descobrir a idade de alguém. O teste realizado com mais de 6000 pessoas foi encontrou 22 moléculas estritamente relacionadas à passagem da vida humana. Contudo, a pesquisa ainda está no início e sua relação não foi completamente definida.
5 – Relógio Epigenético, um método promissor
Depois de tantas tentativas, um novo método tem feito sucesso por sua maior “exatidão”. “Eu chamo de relógio por ser quase tão exato como um”, conta o professor Steve Horvath, da UCLA. Os pesquisadores trabalharam com substâncias chamadas “grupos de metilo”, capazes de serem inseridas ou retiradas do DNA humano.
Depois disso, a equipe consegue acompanhar esses grupos para saber se acumularam ou desapareceram a partir do envelhecimento humano. “Nós examinamos amostras de salivas para descobrir a idade das pessoas e, na média, os números ficavam na margem de erro dos cinco anos. Eu fiquei chocado com a exatidão de nossa pesquisa”, conta Horvath.
Com o resultado, a equipe decidiu continuar trabalhando no modelo. Hoje, a margem atinge apenas os dois anos para mais ou menos. Além disso, o método toma apenas duas horas e custa dez dólares para ser realizado. “Nós estamos trabalhando com delegacias e laboratórios de todo o mundo para desenvolver um teste que possa ajudar essas instituições em cenários criminosos”, conta o autor Kang Zhang.
Mas o pesquisador também acredita que seu método dificilmente será melhorado. “A variação natural entre pessoas da mesma idade nos atrapalha. Parece que tudo tem um limite”, conclui Zhang.
fonte: revista galileu
Longe de ser tão simples como as árvores – que têm idade definida a partir do número de anéis em seu caule –, mensurar a vida humana tem sido uma missão delicada para os cientistas. Nos últimos anos, estudos relacionados ao crescimento ósseo, número de cromossomos e células no sangue vêm tentando elucidar o tema. Contudo, o mais próximo que a ciência chegou (com seu estudo mais recente) foi a de “margem de erro” de dois anos para mais ou para menos.
Entenda os testes mais famosos
1 – Crescimento dos ossos
Para crianças, o método do crescimento ósseo pode ser realmente efetivo. Por exemplo, um teste realizado pela Fifa para descobrir a idade de jogadores da liga juvenil se baseou nos ossos dos garotos. Com 99% de efetividade, a instituição conseguiu separar aqueles que possuíam mais de 17 anos – e, portanto, não podiam fazer parte da equipe.
O problema é que crianças crescem diferentemente umas das outras, e o padrão dos ossos não é necessariamente considerado um padrão científico. Além do fato da estrutura óssea parar de crescer na fase adulta, o que impossibilita a completa ação do teste.
2 – De olho nos cromossomos
Outra possibilidade encontrada por pesquisadores foi tentar estudar o cromossomo humano. Mais especificamente, a região do telômero, área que diminui cada vez que a célula se divide. Apesar de possuir fortes relações com estudos sobre oncologia, descobriu-se – depois de um tempo – que os telômeros não são bons para descobrir a idade das pessoas.
3 – Glóbulos brancos
Segundo a pesquisa do Erasmus MC University Medical Center Rotterdam, existe uma célula nos glóbulos brancos que passa durante um rearranjo muito específico durante a passagem de tempo. Depois de muito estudo, descobriram que a margem desse processo travava em nove anos para mais ou para menos: e isso é tempo demais.
4 – Moléculas no sangue
Um estudo publicado em 2013 afirma que analisar moléculas – tais como aminoácidos – no sangue pode ser uma boa para descobrir a idade de alguém. O teste realizado com mais de 6000 pessoas foi encontrou 22 moléculas estritamente relacionadas à passagem da vida humana. Contudo, a pesquisa ainda está no início e sua relação não foi completamente definida.
5 – Relógio Epigenético, um método promissor
Depois de tantas tentativas, um novo método tem feito sucesso por sua maior “exatidão”. “Eu chamo de relógio por ser quase tão exato como um”, conta o professor Steve Horvath, da UCLA. Os pesquisadores trabalharam com substâncias chamadas “grupos de metilo”, capazes de serem inseridas ou retiradas do DNA humano.
Depois disso, a equipe consegue acompanhar esses grupos para saber se acumularam ou desapareceram a partir do envelhecimento humano. “Nós examinamos amostras de salivas para descobrir a idade das pessoas e, na média, os números ficavam na margem de erro dos cinco anos. Eu fiquei chocado com a exatidão de nossa pesquisa”, conta Horvath.
Com o resultado, a equipe decidiu continuar trabalhando no modelo. Hoje, a margem atinge apenas os dois anos para mais ou menos. Além disso, o método toma apenas duas horas e custa dez dólares para ser realizado. “Nós estamos trabalhando com delegacias e laboratórios de todo o mundo para desenvolver um teste que possa ajudar essas instituições em cenários criminosos”, conta o autor Kang Zhang.
Mas o pesquisador também acredita que seu método dificilmente será melhorado. “A variação natural entre pessoas da mesma idade nos atrapalha. Parece que tudo tem um limite”, conclui Zhang.
fonte: revista galileu
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