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Um dos casos mais misteriosos que resultou no crime e
assassinato de duas jovens no estado de Pernambuco continua até hoje sem
solução. As adolescentes de classe média alta foram encontradas
mortas no ano de 2003. Ninguém foi condenado pelos crimes.
Cercado por questionamentos da polícia, Justiça e da
sociedade, o Caso Serrambi foi enterrado sem punição aos culpados pelo
assassinato das adolescentes Maria
Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão de 16 anos, na época.
Os dois irmãos kombeiros foram acusados de serem os assassinos das duas adolescentes, sendo o caso diretamente associado ao terror midiático que havia sido feito em torno da insegurança em andar de Kombi. Depois, por júri popular, os irmãos Marcelo José de Lira e Valfrido Lira da Silva foram inocentados. O caso também abriu uma série de versões e boatos que correram em torno de quem seria a culpa do assassinato de Maria Eduarda e Tarsila, bem como continua a tramitar em instâncias superiores, pois a família Gusmão recorreu ao STJ após os irmãos terem sido inocentados no júri popular.
Confira abaixo, toda a cronologia do caso:
03 de maio de 2003
As adolescentes saem de Serrambi, onde estavam hospedadas na
casa de um amigo, para um passeio de lancha até Maracaípe. Os amigos que
estavam na embarcação voltam e elas ficam na praia.
13 de maio de 2003
Após dez dias do desaparecimento, o pai de Tarsila, José
Vieira, encontra os corpos das adolescentes num canavial em Camela, distrito de
Ipojuca.
18 de maio de 2003
O Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil prende
os irmãos Marcelo e Valfrido Lira.
16 de junho de 2003
Os irmãos kombeiros são indiciados pelo crime.
20 de junho de 2003
O então promotor de Ipojuca, Miguel Sales, devolve o
inquérito à polícia e alega que alguns pontos não haviam sido esclarecidos.
18 de julho de 2003
A Polícia Civil entrega o inquérito com as novas
diligências. Três dias depois, os kombeiros são liberados porque expira o prazo
de prisão temporária.
19 de agosto de 2003
A polícia descarta a possibilidade de corrupção de menores e
uso de drogas na casa de praia onde as vítimas estavam.
13 de dezembro de 2004
A pedido do Ministério Público e da SDS, a Polícia Federal
assume as investigações do duplo homicídio.
16 de junho de 2005
A Polícia Federal conclui o inquérito e chega ao mesmo
resultado da Civil. Os irmãos kombeiros são indiciados.
Dezembro de 2006
Após o promotor pedir novas diligências, a Polícia Federal
conclui o caso novamente.
17 de janeiro de 2007
Miguel Sales devolve o inquérito mais uma vez. O caso volta
para a Polícia Civil e dois novos delegados assumem as investigações.
02 de janeiro de 2008
A Procuradoria-Geral de Justiça designa dois promotores para
analisarem o inquérito. Duas semanas depois, o MPPE oferece denúncia contra os
kombeiros.
17 de janeiro de 2008
A polícia prende Marcelo. Valfrido foge, mas se entrega no
outro dia. O promotor Miguel Sales é afastado do caso.
22 de janeiro de 2010
A Justiça marca a data do júri popular dos kombeiros.
04 de setembro de 2010
Após cinco dias de júri, os jurados decidem, por quatro
votos a três, que os kombeiros são inocentes.
10 de março de 2015
A 1ª Câmara Criminal do TJPE nega recurso especial que pede
a anulação do júri. Caso segue para o STJ.
10 de agosto de 2018
O ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca,
monocraticamente, nega o recurso especial que pede a anulação do júri.
10 de setembro de 2018
A Quinta Turma do STJ, de forma colegiada, também nega o
agravo instrumental.
fonte dos textos extraídos dos sites:
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