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Antes de iniciar essa matéria gostaria de fazer um desabafo pessoal:
"A
tragédia com o museu Nacional do Rio de Janeiro é o retrato do fogo da
ignorância brasileira de uma população que não valoriza a cultura e que
aceita trocar migalhas
com os governantes em vez de uma educação de qualidade, preferindo
muitas vezes dar prioridades a outros investimentos fúteis, como
construir estádios milionários, patrocinar escolas de samba e até
declarar o funk como patrimônio da "cultura" nacional. É um tapa na
cara, pois é mais fácil encontrar uma fila imensa para assistir uma
partida num estádio de futebol do que em um museu com entrada franca."
Imagine quando quebramos o nosso objeto favorito ou
queimamos um livro ou revista favorita ou atém mesmo ao termos um computador
onde guardamos arquivos baixados na internet onde não encontramos em nenhum
outro site ou lugar, seja filmes, documentários, livros digitalizados e etc., e
simplesmente tudo isso é destruído de uma hora pra outra quando no caso do computador
esse HD ou disco rígido queimado sem que antes não tenhamos feito algum backup
nós amargamos um sentimento profundo e angustiante de lamentação. E é nessa
analogia que mais ou menos podemos comparar o incêndio negligente que aconteceu
ontem com a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, um prédio histórico de dois
séculos que foi residência da família real brasileira e tinha um dos acervos
mais importantes do nosso país.
Fundada por Dom João VI, em 1818 com um acervo de cerca de
20 milhões de itens raros que jamais serão encontrados em nenhum outro lugar,
dentre esses itens poderíamos encontrar coleções de geologia, paleontologia,
botânica, zoologia e arqueologia, contanto ainda com uma biblioteca de livros
com obras raríssimas.
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Algo semelhante aconteceu com a antiga e extinta Biblioteca
de Alexandria, no Egito, fundada por volta do século 3 a.C. e que existiu até ano
400 d.C., quando esse e outros tantos edifícios considerados pagãos foram
destruídos a mando do Imperador Teodósio de Roma outra verdadeira pena e uma
perda inestimável de conhecimento e cultura.
REFERÊNCIAS:
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