Este ano, dois cometas darão o ar das graças na Terra: PANSTARRS, logo em março, deve fazer um show pelo hemisfério norte, e ISON, que pode tornar-se um cometa muito brilhante e visível em todo o mundo até o final de 2013.
Embora o movimento de um cometa no nosso céu possa ser previsto, seu brilho não pode ser. Sendo assim, os cientistas alertam que é muito cedo para saber se PANSTARRS ou ISON irão mesmo nos deslumbrar. Como já disse uma vez o caçador de cometas David Levy, “os cometas são como gatos, pois eles têm caudas, e fazem exatamente o que querem”.
Embora o movimento de um cometa no nosso céu possa ser previsto, seu brilho não pode ser. Sendo assim, os cientistas alertam que é muito cedo para saber se PANSTARRS ou ISON irão mesmo nos deslumbrar. Como já disse uma vez o caçador de cometas David Levy, “os cometas são como gatos, pois eles têm caudas, e fazem exatamente o que querem”.
PANSTARRS
O telescópio Pan-STARRS, no Havaí, descobriu este cometa em junho de 2011, que recebeu o nome de C/2011 L4 (PANSTARRS).
Em outubro de 2012, seu coma circundante (os fluxos de poeira e gás
liberados pelo cometa formam uma enorme e tênue atmosfera em torno dele)
foi visto e especulado em 120.000 quilômetros de largura.
Segundo estimativas, em março de 2013 o cometa deve ficar tão
brilhante quanto Vênus e tornar-se visível no céu do hemisfério norte
após o pôr do sol durante todo o mês. Seu brilho deverá ser maior a cada
noite, conforme se move de frente da constelação de Peixes para frente
das constelações Pegasus e Andrômeda. Neste momento, sua cauda de poeira
brilhante deve ser visível a olho nu.
Em 5 de março, PANSTARRS vai passar mais próximo da Terra, a 1,10
unidades astronômicas (UA). Uma UA equivale a uma distância entre a
Terra e o sol, ou cerca de 150 milhões de quilômetros. Isso não
representará um risco para nós.
Em 10 de março, ele passará mais próximo do sol, tão perto quanto o
planeta mais interno do nosso sistema, Mercúrio, a 0,30 UA, ou cerca de
45 milhões de quilômetros. Os cometas são normalmente mais brilhantes e
ativos quando estão mais próximos do sol, quando o aquecimento solar
vaporiza o gelo e a poeira da crosta exterior do cometa. Neste momento,
ele deve iluminar e desenvolver a longa cauda de poeira clássica de
cometa.
Em abril, o cometa certamente irá desaparecer, conforme se move para
longe do sol e de volta para as profundezas do espaço. Ainda poderá ser
localizado mais ao norte na cúpula o céu e será circumpolar para
latitudes setentrionais do hemisfério norte. Isso significa que ele pode
ser visível em algum lugar no céu do norte durante toda a noite. Como
ele estará perto de outro objeto em nosso céu noturno, a galáxia de
Andrômeda, se o cometa realmente for brilhante e tiver uma cauda grande,
dará uma fotografia incrível.
O cometa PANSTARRS é considerado um cometa não periódico.
Provavelmente levou milhões de anos para vir da grande nuvem de Oort ao
nosso sistema solar e, uma vez que passar pelo sol, sua órbita vai
encurtar para apenas 110.000 anos. Isso significa que março é, com
certeza, uma oportunidade única.
ISON
Astrônomos da Rússia e da Bielorrússia anunciaram a descoberta do
cometa C/2012 S1 (ISON) em 24 de setembro de 2012, com imagens coletadas
pela Rede Científica Internacional Óptica (ISON, ou International
Scientific Optical Network) perto de Kislovodsk, Rússia.
A expectativa é que, por um curto período de tempo, ele se torne tão
brilhante quanto uma lua cheia – isso deve ocorrer em seu periélio, ou
período mais próximo do sol, por volta de 28 de novembro de 2013.
Em agosto e setembro de 2013, ISON deve tornar-se visível para
observadores em locais escuros com pequenos telescópios ou possivelmente
até mesmo binóculos. Em outubro de 2013, cometa deve tornar-se visível a
olho nu, mas apenas por pouco tempo no início do mês.
Neste momento, ISON passará em frente à constelação de Leão. Ele vai
passar primeiro perto da estrela brilhante Regulus, depois do planeta
Marte. Esses objetos brilhantes podem ajudar observadores a encontrá-lo
no céu.
Em novembro, ISON continuará a se iluminar, uma vez que se aproximará
de seu periélio final (ponto mais próximo do nosso sol). Além disso, o
comenta vai passar muito perto da brilhante estrela Spica e do planeta
Saturno, na constelação de Virgem.
Seu periélio em 28 de novembro será um momento emocionante. O cometa
passará a 1,2 milhões de quilômetros da superfície do nosso sol. Se tudo
correr bem, e se o cometa não quebrar (como cometas às vezes fazem),
ISON pode ficar muito brilhante. Alguns preveem que se torne tão
brilhante quanto uma lua cheia.
Isso faria com que ISON fosse visível a olho nu a luz do dia, mas
apenas brevemente – se isso realmente acontecer, será preciso olhá-lo
com cuidado, por causa do brilho do sol.
Dezembro, se o cometa tiver sobrevivido a sua proximidade com o
astro-rei, será o melhor mês para ver ISON. Ele será visível no céu
noturno depois do pôr do sol e antes do nascer do sol em todo o planeta
(embora possa ser melhor visto do hemisfério norte).
Conforme ISON se distanciar do sol, vai perder seu brilho. Mas, por
um tempo, deve ser tão brilhante quanto o planeta mais brilhante do
nosso céu, Vênus, e deve ter uma longa cauda de cometa. Em janeiro de
2014, ISON ainda deve ser visível a olho nu.
Naturalmente, os cometas nem sempre correspondem às expectativas. Há
uma chance de ISON quebrar-se em fragmentos, como o famoso Cometa Elenin
fez, por volta de agosto de 2011. Por outro lado, ele pode sobreviver
ao seu encontro com o sol, como o Cometa Lovejoy fez no final de 2011.
Se assim for, deve iluminar nossos céus com a sua beleza. E, nesse caso,
será visível a todos nós em ambos os hemisférios por pelo menos dois
meses, a partir de novembro de 2013 até janeiro de 2014. [EarthSky 1 e 2]
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