"A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam."
Tal fato de provou verdade em um acontecimento ocorrido na noite de Natal de 1914, durante a "Grande Guerra", conhecida também como A Primeira Guerra Mundial. Conflito que envolveu diversas nações, entre elas, naquela ocasião tanto as tropas do exército imperial alemão quanto as tropas britânicas e francesas haviam marcado suas posições por meio de trincheiras cavadas nas cercanias de Ypres, na Bélgica.
Entretanto, em 24 e 25 de 1914, entre soldados alemães e os seus rivais ingleses e franceses realizaram um dos atos mais inusitados durante a guerra chamada de “Trégua de Natal”.
O inverno intensificou-se ainda mais na região, e os soldados retrocederam para suas posições e praticamente não mais empreendiam combate. Às vésperas do Natal, foi possível observar, de uma trincheira para outra (que ficavam à distância de algumas dezenas de metros umas das outras), alguns soldados em clima festivo, fumando, bebendo e comendo sem se importar de serem vistos pelos inimigos.
Essa postura, inicialmente isolada, contaminou todos os presentes no conflito daquela região, desde os oficiais de alta patente até o soldados rasos. Por fim, soldados passaram a sair das trincheiras, atravessar a zona de fogo (conhecida como “terra de ninguém”), chegar até a trincheira inimiga para desejar feliz Natal aos rivais e, eventualmente, trocar comida, charutos e até jogar uma amistosa partida de futebol entre eles
Há inúmeros relatos dessa trégua. Um deles foi dado pelo Capitão C. I. Stockwell, pertencente ao Royal Welsh Fusiliers, do exército britânico. Disse Stockwell que: “Às 8:30h do dia 26, eu disparei três tiros para o ar, ergui uma bandeira com os dizeres 'Merry Christmas' e subi da trincheira. Os alemães levantaram uma placa com os dizeres 'Thank you' e o capitão deles apareceu no alto da trincheira. Nós nos saudamos e retornamos às nossas trincheiras. Em seguida, ele fez dois disparos para o ar. A guerra havia começado novamente.”