Estamos ilhados em um universo infinitamente misterioso. Em poucas décadas conseguimos mandar os primeiros seres humanos a pisar em nosso próprio satélite natural. Mandamos dezenas de naves não tripuladas a outros mundos. A ideia parece empolgante, contudo só exploramos apenas a nossa pequena periferia e em nosso próprio sistema solar. No entanto, as distâncias já percorridas com nossas sondas são insignificantes em comparação com a dimensão do nosso cosmos.
Há alguns séculos pensamos que nossa Terra era o centro de tudo, depois que nossa galáxia era a única.
De lá para cá, já identificamos milhares de exoplanetas descobertos de outras galáxias que marcaram uma revolução na astronomia moderna.
Mas o fato é que não dispomos hoje da tecnologia necessária para desenvolver uma grande civilização em outros mundos ou em pensar colonizar a Lua ou Marte no Sistema Solar, que dirá em estrelas distantes.
Por quanto tempo aguentariamos, psicologicamente, ficar isolados em uma nave sem rumo certo?
E os métodos de propulsão disponíveis atualmente são muito lerdos para percorrer distâncias interestelares. As sondas Voygers I e II, são as naves mais rápidas já construídas por mãos humanas que percorreram as maiores distâncias de nós. No entanto, apesar de tudo em quatro décadas elas deixaram os limites da zona de nosso Sistema Solar partindo para o espaço interestelar. Ou seja, infelizmente este é o tempo médio da metade da vida de um ser humano.
A busca por água é fundamental
a sobrevivência humana.
Para se ter uma noção de nossa incapacidade em atingir grandes distâncias, a estrela mais próxima de nós depois do Sol é Proxima Centauri, localizada a cerca de 4,2 anos-luz de distância daqui. Isso significa que a Voyager 1 passará pela Proxima Centauri dentro de 16.000 anos, enquanto a Voyager 2 levará 20.000 para alcançá-la. Isso é absurdamente muito tempo para um ser humano esperar chegar até lá ainda vivo. Sem mencionar outros problemas para explorar longas distâncias como ser autossuficiente em produzir o próprio alimento e reciclar a própria água. Uma nave também necessitaria de reparação constante por cruzar com pequenos meteoroides ou simplesmente por falha técnica pelo equipamento já se encontrar obsoleto pelo tempo.
Precisaríamos hospedar em um planeta onde sua estrela não fosse uma ameaça constante para nós.
Ainda assim este não seria o piores dos problemas, uma vez que fora da proteção do campo magnético terrestre o corpo humano jamais suportaria viver em um ambiente hostil carregado de radiação cósmica, sem atmosfera para respirar oxigênio, como a deterioração dos ossos e atrofiamento dos músculos, como outros problemas relacionados à saúde pela falta de vitaminas.
A ausência de atmosfera e um campo magnético em um planeta seria um grave problema para doses letais de radiação.
A construção de bases em pequenas crateras que sejam resistentes a impactos de minúsculos meteoroides.
Sem mencionar que o psicológico em viver em um espaço limitado da nave por períodos intermináveis e ainda assim não conseguir achar um planeta apropriado que atenda a todos os requisitos de uma segunda Terra. Isto parece mesmo uma missão praticamente impossível de se tonar realidade mesmo para gerações futuras. E o que nos resta nesse momento é simplesmente apreciar e proteger a nossa valiosa e bela pérola azul.
Texto:
Fl@vio com trechos
do site Super abril
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