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terça-feira, 15 de maio de 2018

NICOLAS NEWTON O HERÓI QUE SALVOU 600 CRIANÇAS JUDIAS.


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Mesmo nunca tendo sido considerado um Herói, Nicolas Wilton, um britânico nascido em Londres em 1909 era pai de descendentes judeus alemães. Pouco antes de a Segunda Guerra Mundial estourar na Europa Nicolas fez uma viagem a Praga, na então Tchecoslováquia.
Lá, ele descobriu os riscos aos quais estavam submetidos os refugiados provenientes da região dos Sudetos, recém-anexada pela Alemanha, e começou a planejar uma evacuação de crianças que poderiam ser mandadas para campos de concentração.
Ele trabalhou em duas frentes. Por um lado, organizou oito trens e persuadiu os alemães a não bloquearem a operação. Por outro, fez uma intensa campanha nos jornais de seu país para encontrar famílias que pudessem receber os pequenos.
A sua história só veio à tona há 50 anos, quando sua mulher, Greta, encontrou no sótão da residência do casal um álbum fotográfico referente ao período em que seu marido estivera em Praga.
Logo o anônimo velhinho se tornou uma grande celebridade, recebeu homenagens de todos os cantos da Inglaterra e do mundo. Participou de um programa de TV o qual participou de um dos momentos mais emocionantes de sua vida (confira no link).
O Homem que salvou quase 700 crianças das mãos dos nazistas faleceu aos 106 anos no dia 1º de
Julho de 2015 deixando uma grande lição que mesmo em momentos impossíveis ainda assim é possível fazer a diferença.


Texto na integra extraído do site:
jornalggn

sábado, 5 de maio de 2018

O SORTILÉGIO DE KARL MARX, 200 ANOS DEPOIS.


Karl Marx, nascido na Prússia numa família judaica, passou boa parte da sua vida relativamente obscura  e modestíssima – embora não isenta de prazeres mais ou menos furtivos – num recolhimento estudioso entre a biblioteca do British Museum e umas vagas passeatas e piqueniques pelos arredores. Londres foi a sua última morada (e é mesmo a última; está sepultado no cemitério londrino de Highgate, ao pé de Spencer, o que se tem prestado às óbvias larachas).

Em Londres escreveu laboriosamente ano após ano a sua grande obra, O Capital, e dezenas de artigos, de livros, de “cadernos de notas”. Antes disso, na Alemanha, na Bélgica, em França, não se furtara à ação política: era um manobrador de respeito, segundo rezam as crónicas; também nunca lhe faltou uma tenaz visão estratégica. No seu tempo nunca viu grandes resultados do seu gigantesco esforço intelectual ou das suas atividades conspiratórias. Mais do que “compreender o mundo” achava que a missão do trabalho intelectual era “mudá-lo”. E, por assim dizer, mudou-o durante algum tempo, infelizmente para pior: o “Manifesto Comunista” que escreveu em colaboração com Engels, seu amigo, protector,”manager” e “editor” ou mesmo autor substituto, continua a ser a cartilha básica dos comunistas e dos muitos “marxistas” que hoje não mudam o mundo mas ajudam a impedir-nos de o perceber. (Não dou nomes, pois a lista seria muito longa, mas tivemos cá em Portugal recentemente um dos mais espetaculares, o antigo e fugaz ministro das Finanças da Grécia, Varoufakis, professor, veja-se lá, numa Universidade americana.)

O legado de Marx, hoje, já não é o que foi. Durante grande parte do século XX, sob os seus auspícios, muitas vezes invocados em vão, a famigerada trilogia Partido, Plano, Polícia, dominou dois terços da superfície do mundo. O mapa vermelho ia, depois da Segunda Guerra Mundial, da Alemanha ao Mar da China e à Península da Coreia; além de tingir a maior superfície territorial do mundo sob um único governo, a Rússia, essa grande mancha rubra cobria também os territórios circunvizinhos convertidos em Repúblicas Socialistas Soviéticas ou democracias populares, outras regiões da Ásia e cedo cobriria vários países africanos e americanos. Em Itália e França dois poderosos Partidos Comunistas estiveram então perto de conquistar o poder sem golpe de Estado, o que teria sido um feito sem precedentes.

Texto extraído do site:
observador.pt

quarta-feira, 2 de maio de 2018

ALGUM PAÍS É DONO DA ANTÁRTIDA?

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Em teoria, não – o continente não tem governo e nenhum habitante permanente. Na prática, sete países reivindicam parte do local (veja abaixo), mas essa disputa está suspensa até 2040 pelo Tratado da Antártida, que estabelece que ela é um território neutro, voltado somente à pesquisa científica, e proíbe a instalação de bases militares, a exploração de recursos naturais e o teste de armas, entre outros usos. Esse documento foi assinado em 1959, durante a Guerra Fria (ou seja, foi um tratado de paz em uma época de tensão) e entrou em vigor em 1961. Mais de 50 nações aderiram ao tratado, dentre elas o Brasil, que em 1982 inaugurou por lá a Estação Antártica Comandante Ferraz.

DISPUTA GELADA

O mapa acima mostra as áreas reivindicadas do continente por Argentina, Austrália, Chile, França, Reino Unido, Noruega e Nova Zelândia. As fatias reclamadas por Argentina, Chile e Reino Unido se sobrepõem em algumas partes. Além disso, pelo Tratado da Antártida, EUA e Rússia têm o direito de reivindicar território se quiserem. Mas, até 2040, o continente é uma terra neutra, dedicada à ciência.

QUER BRINCAR NA NEVE?

Existem hoje cerca de 70 estações de pesquisa no local, operadas por 29 países. Para fazer estudos na Antártida, é necessário não só respeitar o Tratado da Antártida como também o Protocolo de Madri sobre Proteção Ambiental, que entrou em vigor em 1991. Ele proíbe confrontos violentos, atividades com resíduos radioativos, brigas por território e qualquer ato que represente risco à vida selvagem.

TERCEIRAS INTENÇÕES

Até 2040, ano em que o tratado deve ser revisado, qualquer exploração voltada à obtenção de recursos naturais, como a extração de minérios e petróleo, está proibida. Essa discussão deve ficar mais polêmica no futuro: além de poder ter petróleo em seu subterrâneo, a Antártida também tem uma larga reserva de água doce – recurso natural que está ficando cada vez mais precioso.

 


Texto de Gabi Monteiro,
 extraído com os créditos do site: