Já parou pra pensar o que você fazia há dez anos? Ou melhor, você se lembra o que acontecia em sua vida no mês de Setembro de 2005? Pode parecer exigir demais da nossa memória algo tão restritivo, já que às vezes sequer lembramos o que comemos na manhã passada. Mas, às vezes existe momentos em nossa vida que fica impossível esquecer de uma época que nos marcou tanto. E ainda quando se trata do risco que a nossa própria saúde sofre tal provação, a incerteza se seremos agraciados com mais um nascer de dia. E é a partir de experiências particulares que cada um de nós aprendemos a valorizar a nossa própria existência, quando defrontamos com alguns obstáculos. Parece que nada no mundo nos interessa mais além de nós mesmos, todas as coisas materiais a qual batalhamos tanto para conseguir simplesmente perde o seu valor. Aprendemos a ser mais humanos tanto com nós mesmos como com o próximo, perdoamos, pedimos perdão, nos tornamos internamente em paz com nós mesmos e compreensíveis com os problemas do mundo. Somos felizes com as coisas mais simples da vida, criamos um elo com a natureza e com um Deus o qual antes duvidávamos tanto.
Mas ao sobreviver tal tempestade a que nos parecia eterna e certa até quando permanecemos com essa mesma humanidade? E assim os anos passam, o estresse do dia-dia, o desacordo com opiniões alheias nos tornam novamente arrogantes e insensível. Mas gozando de plena saúde guardamos na memória essa cicatriz, como uma lembrança de um tempo que tudo era incerto, um tempo em que a mercê dos nossos próprios problemas tínhamos toda riqueza guardado dentro de nós mesmo. E agora com tudo, temos apenas o mesmo vazio de antes da provação e a descrença com aquele que nos mostrou a verdadeira riqueza e que agora relutamos em reconhecê-lo. Quão desumano e incompreensível é o homem. Mas alguém é benevolente. Que saudade de uma época infeliz em que eu era feliz.
Texto reflexão
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