Pra mim, está é uma das cenas mais forte e
emocionante do cinema, reproduzida pelo diretor Steven Spielberg, no
filme "A Lista de Schindler - 1993". Filmado totalmente em preto e
branco, conta a triste história da perseguição nazista aos judeus nos
guetos e campos de concentração. A cena, única em cores, exemplifica tudo o que foi a intolerância e o terror do holocausto na Europa na Segunda Guerra Mundial.
(texto acima - Flávio Antônio)
Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a se render a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que atos bárbaros sejam cometidos?
O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um inseto?
Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, "A Lista de Schindler" é construído sobre um ótimo roteiro de Steven Zaillian que mostra com tintas extremamente realistas a perseguição aos judeus na Polônia e sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos, até a transferência de todos para o infame campo de concentração comandado pelo sociopata Amon Goeth (Ralph Fiennes).
Para tentar ilustrar o ponto da transformação do protagonista, Spielberg construiu duas seqüências chave usando um recurso até certo ponto simples, porém extremamente eficaz: a menina do vestido vermelho que ganha cores por meio de trucagem na pós-produção, vista correndo perdida no meio dos nazistas e, depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. É nesta cena que "A Lista de Schindler" atinge seu ápice como obra cinematográfica, numa perfeita fusão de som, imagem, música e interpretação do elenco capaz de arrepiar todos os pelos do nosso corpo.
fonte : alistadeschindler.com
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