Basicamente, os homens têm um problema natural: a mulher produz um óvulo por mês, enquanto nós produzimos 1.000 espermatozoides por segundo, todos os dias, da puberdade até a morte. Isso já complica a efetividade de uma pílula contraceptiva.
No caso das pílulas femininas, a ideia é “enganar” o corpo, colocando hormônios que indicam que ela está grávida. Se você der testosterona para um homem, o cérebro vai parar a produção de gonadotrofinas, que são hormônios responsáveis pela produção de esperma. Mas isso não funciona em todos os homens e até agora não foi possível chegar a uma efetividade maior do que 95% (o que para um método contraceptivo, é insuficiente).
A Organização Mundial da Saúde fez um estudo em oito países para desenvolver algum tipo de pílula masculina, mas no ano passado a pesquisa terminou devido a efeitos colaterais, incluindo depressão severa.
“O esperma tem uma missão muito intimidadora. Muita coisa pode dar errada. Pesquisadores já injetaram em macacos uma proteína que impede os espermatozoides de se locomoverem. Há também o processo pelo qual os espermatozoides fabricam energia. Se bloquearmos isso, conseguimos pará-los. Também já testaram ácido retinóico. Eu tenho esperança que vamos conseguir aprovar algo dentro de cinco anos”, afirma John Amory, da Universidade de Washington, que pesquisa o assunto há 15 anos.
E Amory acredita que os homens vão usar a pílula, caso ela chegue no mercado? “Sim. Os homens se interessam por sexo, mas, na maior parte do tempo, não estão interessados em uma gravidez”.
fonte : hypescience.com
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