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De todas a nações da América do Sul que conhecemos existem
três lugares que alguma vez na vida alguém olhando para um atlas geográfico se
perguntou que lugares são estes que quase ninguém nunca se viu falar. Estamos
falando da Guina, Guiana Francesa e Suriname. Lembrando que a Guiana Francesa não é exatamente um país, mas um departamento ultramarino francês, mas, para resumir, vamos utilizar o termo país ou nação neste texto. Assim, de certa forma, podemos dizer que a França faz fronteira com o Brasil.
Hoje iremos conhecer um pouco sobre a história desses lugares
tão enigmáticos na América do Sul. Partes do texto abaixo foi extraído do site geografiaopinativa
cujo link se encontra no final da página. Agradeço desde já a Fernando Soares de Jesus pela pesquisa em seu blog em 2017 o qual compartilho aqui trechos de sua matéria. Como também aos sites Wikipédia, metroworldnews e guiadasemana pela valorosa contribuição.
Bandeiras - img google
De cima para baixo: Suriname, Guiana(à esquerda) e Guiana Francesa(à direita).
"De certa forma, podemos afirmar que os países do continente
sul-americano apresentam uma certa unidade dos pontos de vista cultural,
econômico e social. Foram colonizados por países ibéricos, falam os idiomas
desta mesma região (espanhol e português), têm maioria cristã, são considerados
sub-desenvolvidos ou emergentes e se relacionam intimamente entre si do ponto
de vista econômico e comercial através de blocos e acordos. Porém, Guiana,
Guiana Francesa e Suriname destoam totalmente desta realidade.
Enquanto que Espanha e Portugal colonizavam grandes
extensões do continente, Holanda (Dutch), Inglaterra (UK) e França (France)
faziam este processo em pequenas porções de terras voltadas para o Mar do
Caribe, onde estes três países subjugavam outras colônias.
O Suriname, até 1815, foi colonizado por ingleses, quando
então a Holanda consolidou seu domínio sobre o território. A Guiana passou por
um processo contrário: até 1814 esteve sob o domínio neerlandês, quando então
foi anexada ao domínio inglês. Já a Guiana Francesa foi colonizada pela França
e hoje é um departamento ultramarino da mesma, sendo parte da União Europeia.
Idioma e religião
Com o diferente contexto colonizatório, obviamente estas
três nações terão diferenças quanto ao idioma em relação aos outros países da
América do Sul. A Guiana fala inglês, o Suriname fala holandês e a Guiana
Francesa tem como idioma oficial o francês.
É interessante notar que a influência holandesa e inglesa na
região durante muitos séculos levou a migração de muitos indianos e indonésios
para, especialmente, Suriname e Guiana. Hoje, estas etnias constituem uma
parcela muito importante da população destes dois países, No caso surinamita, 27% da população segue o
hinduísmo (religião popular na Índia), enquanto que 20% segue o islamismo
(religião popular na Indonésia).Os idiomas hindi e indonésio são também
difundidos nestes dois países.
As cidades destes países, em geral, são pouco populosas.
Georgetown, capital da Guiana, é a maior, com cerca de 300 mil habitantes,
seguido por Paramaribo (Suriname), com 250 mil e Caiena, com pouco mais de 60
mil. Ao todo, a Guiana tem uma população de apenas 950 mil habitantes, o
Suriname de 560 mil e a Guiana Francesa de 222 mil habitantes.
Os dados sociais têm destaque na Guiana Francesa, com um IDH
elevado de 0,817 (2015). Suriname e Guiana tem IDH’s de 0,714 (2015) e 0,638,
respectivamente.
Economicamente, todas tem o setor primário como o principal.
No Suriname, por exemplo, temos como destaque a extração de bauxita. Na Guiana
Francesa, além deste mineral, é destaque também a pesca. O Centro Espacial de
Kourou, na Guiana Francesa, construído pela Agência Espacial Europeia, também
tem impulsionado a economia regional, principalmente por trazer tecnologia de
ponta para o país. A moeda dos guianenses é o Dólar, do Suriname é o Florim e a
da Guiana Francesa, o euro.
Guiana - img google
Guiana é o único país sul-americano em que o inglês é a língua oficial (o país conquistou a sua independência do Reino Unido apenas em 1966). Entretanto, a maioria das pessoas se comunica através do crioulo guianense, o dialeto local. Sua capital, Georgetown, é uma cidade rica em arquitetura vitoriana, como no caso da St. George’s Cathedral e do Stabroek Market.
O país tem uma economia baseada na agricultura, na mineração e na pesca. Aliás, quando for viajar para lá, não esqueça de passar em uma casa de câmbio e comprar alguns dólares guianenses, a moeda local.
Georgetown, lembra muito uma pequena cidadezinha inglesa – com tosques um tanto caribenhos, é claro. Por lá, você também vai encontrar alguns canais que muito lembram os holandeses e incríveis edifícios de madeira do século 19. A cidade guarda ainda ótimos mercados de rua, restaurantes, um incrível farol e a fascinante Casa do Parlamento, sede do governo.
Guiana - img google
A fantástica floresta tropical Iwokrama é famosa por ser uma das mais bem preservadas florestas tropicais ao redor de todo o mundo. Existem alguns ecolodges na região, como o Atta Rainforest Camp, que dão acesso ao Canopy Walkway, um fantástico conjunto de pontes de corda em meio às copas das árvores, algumas a trinta metros de altura. É um dos melhores lugares do país para entrar em contato com a natureza e admirar a vida selvagem, como a famosa onça-pintada.
Guiana - img google
As Cataratas Kaieteur estão certamente entre as mais fascinantes do mundo. Localizada no curso do rio Potaro, no parque nacional Kaieteur, a queda é duas vezes mais alta que as famosas cataratas Vitória, entre Zâmbia e Zimbábue, atingindo mais de 220 metros de altura. É necessário contratar um guia para chegar lá, em geral de avião.
Suriname - img google
Colonizado pelos Países Baixos, o menor país do continente em termos de área e de população, se tornou uma república independente apenas em 1975.
É um país na América do Sul em que duas das maiores religiões são o hinduísmo e o islã.
Lá, igrejas católicas, protestantes, templos hindus e mesquitas coexistem pacificamente, o que faz dele um dos países com maior variedade religiosa do mundo, sendo uma referência quando o assunto é tolerância.
A economia surinamense está baseada na produção de ouro e de bauxita e na exportação de alumínio.
Paramaribo, a capital do Suriname, foi fundada na região do primeiro assentamento holandês no que hoje é o pais, em 1613. Ela foi disputada por ingleses e por duas décadas foi dominada por eles, mas depois voltou ao comando dos holandeses até a independência do país em 1975. Seu centro, cheio de maravilhosas construções, é um patrimônio mundial da UNESCO. A cidade é por vezes considerada a mais agitada das capitais das Guianas. Construída por holandeses, africanos, indianos e nativos americanos, possui uma incrível variedade étnica, o que se reflete em sua cultura e sua composição, inclusive apresentando, uma em frente a outra, uma sinagoga e uma mesquita.
Suriname - img google
Traduzido do inglês-Arya Dewaker é uma associação hindu que construiu provavelmente um dos maiores mandatários do Suriname. O templo atrai muitos visitantes, hindus e não-hindus, vindos do Suriname e de todo o mundo. Está localizado nos campos do centro da cidade em Paramaribo.
Suriname - img google
A pouco mais de 120 km de distância de Paramaribo, você vai encontrar a reserva natural Brownsberg, estabelecida em 1969. A região guarda uma biodiversidade excepcional, com grande variedade de plantas e animais, além de belos rios, e é um ótimo destino para os amantes de natureza que buscam um refúgio e querem fazer belas trilhas.
Guiana Francesa - img google
Como o próprio nome diz, a Guiana Francesa ainda é uma colônia da França. Ou seja: o lugar não é exatamente um país, mas sim um departamento ultramarino francês. Logo, a Guiana Francesa também é parte da União Europeia, tendo o Euro como moeda oficial, fato que atrai muitos brasileiros interessados trabalhar na região, que possui o maior PIB nominal per capita da América do Sul.
A Guiana Francesa abriga o centro espacial de Kourou, conhecido por hospedar a base de lançamento de foguetes e satélites da Agência Espacial Europeia (ESA), fato que rende dividendos de aluguel do espaço à administração local.
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As Îles du Salut, ou, em português, Ilhas da Salvação, são um popular destino no mar do Caribe que fazem parte do território ad Guiana Francesa, a apenas 11 km da costa do continente. O arquipélago conta com três ilhas principais, Royale, Saint-Joseph e Diable. Elas eram usadas como um complexo de prisão para prisioneiros mandados da França entre os anos de 1852 e 1947. Hoje, os prédios que costumavam guardar celas guardam um restaurante e acomodação.
Guiana Francesa - img google
A capital do território da Guiana Francesa guarda uma atmosfera única que mistura França, Caribe e América do Sul. Passear pelas ruas de Caiena, cercadas por casas coloniais das mais diversas cores, é uma experiência que já vale a pena por si só, mas ela ainda conta com outras atrações, como uma elegante praça central e ótimos restaurantes, que misturam culinária de diversos cantos – como francesa, chinesa, brasileira e muito mais.
Fontes:
metroworldnews Wikipédia