Texto de Débora Zanelato
O despertar de um vírus gigante, há 30 mil anos adormecido na tundra
congelada da Sibéria, está preocupando os cientistas. A descoberta
indica que o derretimento do solo congelado russo com o aquecimento
global pode fazer com que mais vírus, perigosos a animais e aos humanos,
também acordem. #medo
Descrito pela revista científica PNAS, o organismo recém-descoberto
não prejudica humanos – ele contramina apenas amebas. Mas o problema é
que esse “renascimento” indica que outros vírus infecciosos em
diferentes períodos também podem voltar à vida.
E é aí que mora o problema, segundo o o autor do estudo, o
microbiólogo Jean-Michel Claverie, da Universidade de Aix-Marseille, na
França. “Sabemos que esses vírus não perigosos estão vivos ali, o que
nos diz que provavelmente tipos perigosos, que podem infectar humanos e
animais e que achávamos que haviam desaparecido da superfície da Terra,
na verdade estão presentes, e provavelmente viáveis, no solo”, disse
Cleverie.
Segundo os pesquisadores, um grande vilão é o aquecimento global: ele
torna regiões ao norte mais acessíveis a ações do homem (como a
perfuração do solo para mineração) e, assim, a chance de despertarmos
patógenos humanos dormentes aumenta.
Agora, os próximos passos serão examinar amostras e observar se já
existe algum vírus potencialmente perigoso para nós, reles mortais.
Aguardemos [e #oremos].
Via Science Daily
Imagem: Julia Bartoli & Chantal Abergel, IGS, CNRS/AMU
fonte : super.abril.com.br
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