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quarta-feira, 17 de abril de 2013

CÂNCER, ASPECTOS GERAIS



Células cancerígenas no pulmão
“Câncer” é uma palavra de origem latina que significa caranguejo. Isso se deve ao fato de que o câncer apresenta projeções que atacam células vizinhas e essas projeções se assemelham aos tentáculos desse animal. Assim, apresenta-se diferente do tumor benigno, que é compacto, bem delimitado.

Suas causas são variadas e, muitas vezes, seu surgimento está relacionado a mais de um fator. A exposição desprotegida e excessiva ao Sol, à radioatividade e a determinados produtos químicos (arsênico, amianto, níquel, benzeno, formaldeído, etc.); infecção por alguns vírus, como o HPV; além de alimentação inadequada, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar são exemplos de causas ambientais. Além disso, a própria velhice e a predisposição genética são outros fatores de risco.

O câncer é formado por células defeituosas, de crescimento rápido e desordenado e pode se espalhar para outras regiões do corpo (metástase). Assim, sua remoção completa tende a ser difícil, ou mesmo impossível, dependendo da região acometida, sendo claro o porquê de também ser chamado de tumor maligno.

Tumores benignos são constituídos por células bem semelhantes às que os originaram. Isso não acontece no caso dos tumores malignos, uma vez que infiltram outros tecidos e possuem alto índice de duplicação celular. Esse fato permite com que alguns cânceres possuam a capacidade de produzir antígenos.



As metástases ocorrem quando células cancerosas se desprendem do tumor e, ao alcançarem vasos sanguíneos ou linfáticos, acabam se disseminando para outras regiões do organismo. Felizmente, não são todos os cânceres que manifestam esse problema e, quando este ocorre, a rapidez com que isso acontece é bem variável, de indivíduo para indivíduo.

Como células cancerosas são menos especializadas que as que habitam normalmente a região invadida, as funções do organismo tendem a se comprometer. Além disso, o câncer pode liberar substâncias que aceleram o processo de comprometimento das células sadias. Por este motivo é que muitas pessoas acometidas se apresentam bastante debilitadas.

O tratamento para esse problema depende da região, tamanho do tumor, grau de comprometimento e condições de saúde do paciente. Cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia biológica, hormonioterapia, transplante de medula óssea e terapia gênica são alguns dos tratamentos, que podem ser feitos isoladamente ou em conjunto.

O câncer pode ser curado, principalmente se o tratamento for iniciado precocemente. Por isso, é importante fazer exames preventivos, como papanicolau, mamografia e exame de próstata; fazer check-ups periodicamente; e visitar o médico ao perceber alguma alteração no organismo.

Existem mais de 100 tipos de câncer, variando quanto ao tipo de tecido e região acometidos. Oncologia é o nome da ciência responsável pelo seu estudo.





terça-feira, 16 de abril de 2013

O QUE É SÍNDROME DO PÂNICO?

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A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem ataques repetidos de medo intenso de que algo ruim aconteça de forma inesperada. 


Causas

A causa é desconhecida A genética pode ser um fator determinante. Pesquisas indicam que, se um gêmeo idêntico tem síndrome do pânico, o outro gêmeo também desenvolverá o problema em 40% das vezes. No entanto, a síndrome do pânico em geral ocorre sem que haja nenhum histórico familiar.

A síndrome do pânico é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Os sintomas normalmente começam antes dos 25 anos, mas podem ocorrer depois dos 30. Embora a síndrome do pânico ocorra em crianças, ela normalmente não é diagnosticada até que as crianças sejam mais velhas.

Exames

Muitas pessoas com síndrome do pânico buscam tratamento primeiro no pronto-socorro, pois os ataques de pânico parecem ataques cardíacos.

O médico realizará um exame físico, incluindo uma avaliação psiquiátrica.

Serão realizados exames de sangue. Outras doenças devem ser descartadas antes de diagnosticar a síndrome do pânico. Devem ser considerados distúrbios relacionados a abuso de drogas, pois os sintomas podem ser iguais aos de ataques de pânico.

 Sintomas de Síndrome do pânico

O ataque de pânico começa de repente e, na maioria das vezes, atinge seu ápice dentro de 10 a 20 minutos. Alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. Um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.  

 Os ataques de pânico podem incluir ansiedade por estar em uma situação da qual seria difícil escapar (como estar no meio de uma multidão ou viajando em um carro ou ônibus).

Uma pessoa com síndrome do pânico muitas vezes vive com medo de ter outro ataque e também pode ter medo de estar sozinho ou longe da ajuda médica.

As pessoas com síndrome do pânico têm pelo menos quatro dos seguintes sintomas durante um ataque: 


Dor no peito ou desconforto
Tontura ou desmaio
Medo de morrer
Medo de perder o controle ou de uma tragédia iminente
Sensação de engasgar
Sentimentos de indiferença
Sensação de estar fora da realidade
Náuseas ou mal-estar estomacal
Dormência ou formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
Palpitações, ritmo cardíaco acelerado ou taquicardia
Sensação de falta de ar ou sufocamento
Suor, calafrios ou ondas de calor
Tremores

Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas com a síndrome do pânico muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico. 

 As pessoas com essa síndrome podem ter sintomas de:

Alcoolismo
Depressão
Abuso de drogas

Os ataques de pânico não podem ser previstos. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, não há nada específico que desencadeie o ataque. Lembrar de um ataque anterior pode desencadear ataques de pânico.

Os ataques de pânico não podem ser previstos. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, não há nada específico que desencadeie o ataque. Lembrar de um ataque anterior pode desencadear ataques de pânico. 


Expectativas
Os ataques de pânico podem durar muito e ser de difícil tratamento. Algumas pessoas com essa síndrome podem não se curar com o tratamento. Entretanto, a maioria das pessoas melhora com uma combinação de medicamentos e terapia comportamental.


 Complicações possíveis

Pode ocorrer abuso de substâncias quando as pessoas com síndrome do pânico tentam lidar com seu medo usando álcool ou drogas ilegais.

 As pessoas com síndrome do pânico têm mais probabilidade de ficar desempregadas, ser menos produtivas no trabalho e de ter relações pessoais difíceis, inclusive problemas matrimoniais.

A agorafobia surge quando o medo de futuros ataques de pânico leva alguém a evitar situações ou lugares que acredita que causem os ataques. Isso pode levar a pessoa a restringir muito os lugares aonde vai ou suas relações pessoais. Consulte: Síndrome do pânico com agorafobia

A dependência de medicamentos contra ansiedade é uma possível complicação do tratamento. A dependência envolve a necessidade de um medicamento para poder agir normalmente e para evitar sintomas de abstinência. Não é o mesmo que vício.  


Este  texto é um resumo.
A Matéria Orignal pode ser encontrada na integra no site :
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

EMPRESÁRIO DECIDE POR INSTALAÇÃO DE FÁBRICA DE EMBALAGENS EM LIMOEIRO




 Depois das empresas Sorvetes Milet, Terra e Água Calçados e a Vilmont Tecidos decidirem instalar suas novas produções no município de Limoeiro, no Agreste Setentrional, o empresário Francisco Cassaro, responsável pela Impressora Brasil também tomou como destino para a sua nova fábrica a “Terra dos Limoeiros”. Em encontro realizado com o prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo, o vice-prefeito Thiago Cavalcanti, o deputado estadual José Humberto, além de representantes da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), o empresário Cassaro externou o desejo de transformar Limoeiro no maior produtor de embalagens do Nordeste.

As negociações começaram desde o mês de dezembro do ano passado. Em janeiro deste ano, o prefeito em exercício Thiago recebeu o empresário e o levou para conhecer a cidade, momento em que Francisco Cassaro sinalizou positivamente para instalação da indústria em Limoeiro. Em fevereiro, as negociações continuaram com uma visita realizada por Ricardo Teobaldo e Thiago Cavalcanti à cidade de Jaú, em São Paulo, quando conheceram as instalações da fábrica de embalagens. Em recente reunião realizada na sede da AD Diper, em Recife, o “martelo” foi batido e a instalação da indústria confirmada.

Após os encontros, Francisco Cassaro destacou que a fábrica de embalagens necessitará de galpões de 5 mil metros quadrados, mas tendo como objetivo maior a construção de planta própria de 50 mil metros quadrados. A previsão da Impressora Brasil é de gerar em sua produção aproximadamente 400 empregos diretos. Galpões instalados na Avenida Jerônimo Heráclio, em Limoeiro, estão sendo visitados pela direção da empresa – visando a instalação provisória. A fábrica será construída no Distrito Industrial, que inclusive foi liberado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. “Após meses de trabalho conseguimos destravar junto ao governo estadual a liberação para construirmos o tão sonhado distrito industrial”, destacou o prefeito de Limoeiro.

Ele também adiantou que o distrito será em uma área as margens da PE-50, nas proximidades do Parque de Exposições de Animais de Limoeiro. Após a confirmação da vinda de mais uma empresa para Limoeiro, o gestor municipal informou que no mês de maio, a Sorvetes Milet e a Terra e Água Calçados iniciam suas atividades. Já a Vilmont Tecidos retoma as obras de terraplanagem no Distrito de Gameleira. “Após décadas de espera, a cidade começa a receber indústrias, o que representa geração de emprego e renda. Vamos continuar o trabalho de busca pelos empresários, mostrando que Limoeiro tem estrutura para as grandes empresas”, pontuou Teobaldo.

Impressoras Brasil – Localizada em Jaú, Estado de São Paulo, a empresa possui um parque gráfico de grande porte, com a responsabilidade de produzir rapidamente com a qualidade que o mercado busca. A empresa ainda conta com uma frota particular de entrega controlada por um avançado sistema lógico, desenvolvido especialmente para trabalhar em sincronia com a produção e atender perfeitamente ao mercado brasileiro. A estrutura completa da empresa pode ser conferida no portal: www.impressorabrasil.com.br.

fonte : blogdoagreste

MICROSOFT SÓ OFERECERÁ SUPORTE AO WINDOWS XP ATÉ O ANO QUE VEM

Microsoft só oferecerá suporte ao Windows XP até o ano que vem 
 Empresa afirma que usuários que insistirem em utilizar o 
SO estarão fazendo-o "por sua própria conta e risco".


A Microsoft publicou no dia 8  um texto em seu blog oficial relembrando os usuários comerciais do Windows XP sobre eles possuírem exatos 365 dias até que a empresa pare de oferecer suporte ao sistema operacional lançado em 2001.
A partir de 8 de abril de 2014, a companhia não irá mais disponibilizar atualizações e reparos de segurança para o SO, deixando os utilizadores que insistirem em usar o software em uma “situação de risco”, nas palavras da própria Microsoft. O mesmo ocorrerá com a suíte Office 2003.
Ainda de acordo com o comunicado publicado, o mais recomendado é que os usuários do Windows XP façam uma “instalação limpa” (ou seja, formatando completamente seu disco rígido), migrando para um sistema operacional mais moderno como o Windows 7 ou o Windows 8.
Dessa forma, evitam-se problemas de segurança ou instabilidade no desempenho da máquina. A empresa não recomenda que se faça a atualização automática através do Windows Upgrade, e ainda reforça que o usuário que permanecer com o XP e/ou o Office 2003 instalados em seu computador estará fazendo-o “por sua própria conta e risco”.

fonte : tecmundo

domingo, 14 de abril de 2013

1 ANO DE TUDO CONECTADO !



 Lançamento do Banner de Comemoração de 1 ano


Há um ano(ontem), no dia 13 de Abril de 2012 era inauguado o  blog, de nome:
 "Tudo Conectado!", com a 1º Matéria


 
A atendimento online DEPRESSÃO
A atendimento online DEPRESSÃO


Partido de um desejo antigo meu de colecionar matérias, e posteriormente consulta-las para pesquisa pessoal, logo se tornou um passatempo gostoso e interressante.
Sendo um ambiente aberto e que atinge o público em geral, aqui podemos encontrar qualquer tipo de assunto. Não faço apologia a nenhum tema, apenas divulgo aqui o que pode ser de interresse de qualquer pessoa. 


O nome Tudo Conectado significa que, qualquer assunto pode estar conectado neste blog, basta um clique. O planeta Terra é o ponto central da busca humana pelo entendimeto de todas as ideias (imagem do banner- acima). 

Então, aqueles que visita ou visou alguma vez,
 um muito obrigado!

 

sábado, 13 de abril de 2013

DA FICÇÃO PARA A REALIDADE, A "ESTRELA DA MORTE", UMA ARMA DESTRUTIVA CRIADA NO UNIVERSO IMAGINÁRIO DA SÉRIE STARS WARS, PODE SE TORNAR REALIDADE!

Estrela da Morte realmente tem chance de ser construída pelo governo dos EUA 
A terrível arma do filme Star Wars. 
(Fonte da imagem: Reprodução/Jorgesalvador)

Estrela da Morte realmente tem chance de ser construída pelo governo dos EUA

 Como você deve ter lido aqui no Tecmundo, uma petição estranha correu pelos Estados Unidos através da internet, conseguindo reunir 25 mil assinaturas. Até aqui, tudo bem, mas acontece que essas pessoas pediram para que o governo dos EUA construa uma das armas mais poderosas do universo, a Estrela da Morte, que pode destruir planetas inteiros e foi criada na história de Star Wars.
O pedido foi feito através de um sistema oficial do governo, chamado “We The People”, que tem o objetivo de ser a “voz” do povo na Casa Branca. Acontece que o projeto conseguiu o número mínimo de assinaturas para que ele seja levado a sério — ou seja, ele chegou à mesa de Barack Obama e agora o governo tem que ver se atende ao pedido da população ou não.

Caso a resposta seja um “sim”...


É lógico que, caso a Estrela da Morte seja aceita, é necessário realizar uma série de mudanças no projeto, com o objetivo de torná-lo plausível. O problema é que uma arma dessas pode deixar as outras nações com medo, o que poderia gerar uma aliança contra os Estados Unidos.
Além disso, a tecnologia dos dias de hoje ainda está muito longe de ter capacidade para se construir uma arma dessa magnitude. Outro ponto negativo é que a Estrela da Morte não serviria para nada em tempos de paz, o que é sinônimo de muito dinheiro jogado fora — mesmo que a construção dela gere empregos e impostos, o saldo acabaria sendo negativo.
Agora, o mais engraçado é que o governo norte-americano vai precisar se explicar publicamente perante a população para justificar uma resposta negativa, já que a petição representa oficialmente o desejo de milhares de cidadãos.

fonte : tecmundo


Saiba quanto custaria construir a
Estrela da Morte

A Estrela da Morte é a principal arma do Império na série cinematográfica Star Wars. A estação espacial esférica aparece tanto no Episódio IV: Uma Nova Esperança, quanto no Episódio VI: O Retorno de Jedi. Embora ela seja apenas uma obra de ficção, economistas do site Centives calcularam quanto sairia para construir a arma no mundo real.
Eles levaram em conta informações de que a nave teria 140 km de diâmetro, e seria feita de aço. Para calcular a densidade de metal necessário, os economistas compararam a Estrela da Morte a um navio de guerra moderno.
Segundo as estimativas dos economistas, seriam necessárias 1015 toneladas de aço para construir a nave. Pode parecer muito, mas seria possível fazer 2 bilhões de Estrelas da Morte com a quantidade do metal encontrada na Terra. “Mas antes de começar a construir sua arma apocalíptica, tenha em mente duas coisas. Primeiro, os dois bilhões de estrelas da morte viriam do núcleo da Terra, que nós sugerimos que não seja removido. Segundo, na produção atual de aço (1,3 bilhões de toneladas por ano), levariam 833 mil anos para ter aço necessário para começar o trabalho”, dizem os pesquisadores. 

fonte : revista Galileu 

Curiosidade

 

 Esta é Mimas, uma das luas de Saturno. Com 397,2 km de diâmetro, é o menor corpo esférico do Sistema Solar. Sua maior cratera, chamada de Herschel, tem 130 km de diâmetro e 9 km de profundidade, e é frequentemente associada ao formato da "Estrela da Morte" do universo de Star Wars.

fonte : internet 

terça-feira, 9 de abril de 2013

5 COISAS QUE ACONTECEM QUANDO MORREMOS

5 coisas que acontecem quando morremos 

Você vai entender o processo que faz com que o corpo endureça,
 fique branco e tenha mal cheiro.

Até hoje ninguém conseguiu provar o que acontece após a morte: existe realmente alguma continuação para a alma ou nossa existência se resume ao planeta Terra? Provavelmente, essa é uma certeza que só teremos depois de morrermos, mas podemos, ao menos, saber o que acontecerá com nossos corpos assim que o coração parar de bater.

Suas células se abrem

O processo de decomposição do corpo começa alguns minutos depois da morte. Quando o coração para, nós experimentamos o algor mortis ou o frio da morte, quando a temperatura do corpo esfria em uma média de 1,5 ºC por hora, até atingir a temperatura ambiente. Quase imediatamente, o sangue se torna mais ácido com o acumulo do dióxido de carbono. Isso é o que faz com que as células comecem a se dividir, esvaziando as enzimas dos tecidos.

Você fica branco – e roxo

A gravidade deixa as primeiras marcas instantes depois da morte. Enquanto o corpo todo fica pálido, células vermelhas do sangue passam para as partes do corpo que estão mais próximas do solo, já que a circulação foi interrompida.
O resultado disso são manchas roxas nas partes mais baixas, algo que é conhecido como livor mortis. Juntamente com a temperatura do corpo, essas marcas ajudam os legistas a identificar o tempo e a posição do corpo no momento da morte.

O cálcio endurece seus músculos

Você já deve ter ouvido falar que um corpo morto se torna duro e difícil de se mover. O nome disso também vem do latim: o rigor mortis aparece cerca de três horas depois da morte, atinge seu pico 12 horas depois e se dissipa depois de 48 horas.
Isso acontece pois existem bombas nas membranas das células musculares que regulam o cálcio no corpo. Quando as bombas param de funcionar, inundações de cálcio fazem com que os músculos se contraiam e endureçam.

Seus órgãos vão se digerir

Depois do rigor mortis, vem a putrefação dos órgãos. Essa fase geralmente é retardada pelo embalsamamento, mas é algo de que não se pode fugir. As enzimas do pâncreas fazem com que o órgão comece a se digerir.
Micróbios vão se juntar a essas enzimas, deixando o corpo todo verde a partir do ventre. Segundo Caroline Williams, da NewScientist, "os principais beneficiários são as 100 trilhões de bactérias que passaram suas vidas vivendo em harmonia conosco em nossas entranhas." Conforme as bactérias vão tomando conta do corpo, ele libera putrescina e cadaverina, que são os compostos responsáveis pelo mal cheiro do corpo humano após a morte.

Você pode ficar coberto de cera

Depois da putrefação, o processo para transformar o corpo em esqueleto é geralmente rápida. No entanto, alguns órgãos tomam um rumo no mínimo interessante. Se o corpo entrar em contato com o solo ou a água fria, ele pode desenvolver adipocera, um material ceroso formado por alterações químicas que ocorrem com a destruição de tecidos pelas bactérias.
A adipocera funciona como um tipo de conservante natural dos órgãos internos. Em alguns casos, isso pode confundir investigadores sobre o tempo de morte real. Em um caso recente, um corpo coberto de adipocera foi encontrado em uma baía na Suíça. O cadáver, com cerca de 300 anos, ainda trazia a substância em volta do tronco.
O certo é que todos morreremos um dia. Se você for cremado, uma parte dessas etapas será perdida, mas o fato é que de alguma forma “terminaremos”, seja como pó, esqueleto ou um esqueleto de cera.

fonte : megacurioso.com.br

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A HISTÓRIA DE MONTEIRO LOBATO



Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor brasileiro. "O Sitio do Picapau Amarelo" é uma de suas obras de maior destaque na literatura infantil. Foi um dos primeiros autores de literatura infantil em nosso país e em toda América Latina. Tornou-se editor, criando a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional". Metade de suas obras é formada de literatura infantil.
 Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou a sociedade quando se recusou fazer a primeira comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté. Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo.
Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na capital, em 1904. Na festa de formatura fez um discurso tão agressivo que vários professores, padres e bispos se retiraram da sala. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté. Prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o cargo na cidade de Areias, no Vale do Parnaíba, 
no ano de 1907.



Monteiro Lobato casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Com ela teve quatro filhos, Marta (1909), Edgar (1910), Guilherme (1912) e Rute (1916). Paralelamente ao cargo de Promotor, escrevia para vários jornais e revistas, fazia desenhos e caricaturas. Ficou em Areias até 1911, quando muda-se para Taubaté, para a fazenda Buquira, deixada como herança pelo seu avô.
No dia 12 de novembro de 1912, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma carta sua enviada à redação, intitulada "Velha Praga", onde destaca a ignorância do caboclo, criticando as queimadas e que a miséria tornava incapaz o desenvolvimento da agricultura na região. Sua carta foi publicada e causou grande polêmica. Mais tarde, publica novo artigo "Urupês", onde aparece pela primeira vez o personagem "Jeca Tatu".
Em 1917 vende a fazenda e vai morar em Caçapava, onde funda a revista "Paraíba". Nos 12 números publicados, teve como colaboradores Coelho Neto, Olavo Bilac, Cassiano Ricardo entre outras importantes figuras da literatura. Muda-se para São Paulo, onde colabora para a "Revista do Brasil". Em seguida compra a revista e a transforma em editora. Publica em 1917, seu primeiro livro "Urupês", que esgota sucessivas tiragens. Transforma a Revista em centro de cultura e a editora numa rede de distribuição com mais de mil representantes.
No dia 20 de dezembro de 1917, publica no jornal O Estado de São Paulo, um artigo intitulado "Paranoia ou Mistificação?", onde critica a exposição de Anita Malfatti, pintora paulista recém chegada da Europa. Estava criada uma polêmica, que acabou se transformando em estopim do movimento modernista.

Monteiro Lobato, em sociedade com Octalles Marcondes Ferreira, funda a "Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato". Com o racionamento de energia, a editora vai à falência. Vendem tudo e fundam a "Companhia Editora Nacional". Lobato muda-se para o Rio de Janeiro e começa a publicar livros para crianças. Em 1921 publica "Narizinho Arrebitado", livro de leitura para as escolas. A obra fez grande sucesso, o que levou o autor a prolongar as aventuras de seu personagem em outros livros girando todos ao redor do "Sítio do Picapau Amarelo". Em 1927 é nomeado, por Washington Luís, adido comercial nos Estados Unidos, onde permanece até 1931.



Como escritor literário, Lobato destacou-se no gênero "conto". O universo retratado, em geral são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Parnaíba, quando da crise do plantio do café. Em seu livro "Urupês", que foi sua estreia na literatura, Lobato criou a figura do "Jeca Tatu", símbolo do caipira brasileiro. As histórias do "Sítio do Picapau Amarelo", e seus habitantes, Emília, Dona Benta, Pedrinho, Tia Anastácia, Narizinho, Rabicó e tantos outros, misturam a realidade e a fantasia usando uma linguagem coloquial e acessível.
O livro "Caçadas de Pedrinho", publicado em 1933, que faz parte do Programa Nacional Biblioteca na Escola, do Ministério da Educação, está sendo questionado pelo movimento negro, por conter "elementos racistas". O livro relata a caçada a uma onça que está rondando o sítio. "É guerra e das boas, não vai escapar ninguém, nem tia Anastácia, que tem cara preta".
José Renato Monteiro Lobato morreu no dia 5 de julho de 1948, de problemas cardíacos.

Obras de Monteiro Lobato

Idéias de Jeca Tatu, conto, 1918
Urupês, conto, 1918
Cidades Mortas, conto, 1920
Negrinha, conto, 1920
O Saci, literatura infantil, 1921
Fábulas de Narizinho, literatura infantil, 1921
Narizinho Arribitado, literatura infantil, 1921
O Marquês de Rabicó, literatura infantil, 1922
O Macaco que se fez Homem, romance, 1923
Mundo da Lua, romance, 1923
Caçadas de Hans Staden, literatura infantil, 1927
Peter Pan, literatura infantil, 1930
Reinações de Narizinho, literatura infantil, 1931
Viagem ao Céu, literatura infantil, 1931
Caçadas de Pedrinho, 1933
Emília no País da Gramática, literatura infantil, 1934
História das Invenções, literatura infantil, 1935
Memórias da Emília, literatura infantil, 1936
Histórias de Tia Nastácia, literatura infantil, 1937
Serões de Dona Benta, literatura infantil, 1937
O Picapau Amarelo, literatura infantil, 1939

Fábulas de Monteiro Lobato

O Cavalo e o Burro
A Coruja e a Águia
O Lobo e o Cordeiro
O Corvo e o Pavão
A Formiga Má
A Garça Velha
As Duas Cachorras
O Jaboti e a Peúva
O Macaco e o Coelho
O Rabo do Macaco
Os Dois Burrinhos
Os Dois Ladrões
A caçada da Onça

Jeca Tatu

É no livro "Urupês", que Monteiro Lobato retrata a imagem do caipira brasileiro, onde destaca a pobreza e a ignorância do caboclo, que o tornava incapaz de auxiliar na agricultura. O Jeca Tatu é um flagrante do homem e da paisagem do interior. O personagem se tornou um símbolo nacionalista utilizado por Rui Barbosa em sua campanha presidencial de 1918. Na 4a edição do livro, Lobato pede desculpas ao homem do interior.

fonte : e-biografias.net

domingo, 7 de abril de 2013

NAZISMO, EM NOME DESSA IDEIA UM PAÍS INTEIRO SE ARMOU E DESTRUIU A EUROPA


 De onde ela veio? 
O que havia nela que fascinava as pessoas?
 E qual é a chance de que aconteça de novo?

 
Julius era um sujeito querido. Sua namorada o amava, seus amigos o consideravam boa-praça, seus colegas de trabalho admiravam sua competência. Aos 29 anos, ele já comandava uma equipe de 550 pessoas. Tinha uma voz boa e, no seu tempo livre, gostava de ir a festas, cantar e dançar.
O nome completo dele era Julius Wohlauf, o comandante da 1a Companhia do Batalhão 101, o mais sanguinário corpo de extermínio nazista. Seu trabalho, que ele fazia tão bem, era manter a ordem na Polônia ocupada, o que incluía mandar judeus para a morte certa e fuzilar poloneses. Em junho de 1942, ele se casou com Vera em Hamburgo e voltou com ela à Polônia para seguir com a matança. Durante a lua-de-mel, grávida de 4 meses, Vera assistia aos fuzilamentos de dia. À noite, o casal cantava e dançava nas festas do batalhão.
Como é que Julius conciliava a vida pacata em família com a rotina de assassinatos? E não foi só ele. Milhares de cidadãos participaram da matança – os ferroviários que levavam judeus à morte, as donas de casa que delatavam fugitivos, os médicos que faziam experimentos com prisioneiros , os funcionários das diversas indústrias públicas e privadas que compunham a máquina de matar de Hitler. Sem falar nos milhões que assistiram a tudo sem protestar, até com um sentimento de aprovação. 



Como uma coisa dessas pôde acontecer em pleno século 20, no coração do Ocidente democrático e “civilizado”?
A explicação está numa idéia: o nazismo. Julius, como quase toda a Alemanha, acreditava sincera e profundamente nela. Há 60 anos, quando Hitler se suicidou, o nazismo foi dado também como morto. Por décadas, o mundo olhou para ele como se não passasse de um surto de loucura – um desvairio coletivo sem sentido ou explicação. Mas, agora, vários pesquisadores têm tido coragem de procurar alguma lógica nele, inclusive para evitar que se repita. E algumas conclusões estão surgindo.
Segundo elas, o nazismo não é uma idéia louca vinda do nada e sumida para sempre. Ele é conseqüência de 5 outras idéias – todas aparentemente inofensivas sozinhas, todas vivas até hoje. Esta reportagem procurará entender cada uma delas – para chegar perto de compreender o nazismo.

A 1ª idéia: o carimbo da ciência

Como uma pessoa comum pode conviver com sua consciência após assassinar inocentes? A resposta: fica mais fácil dormir à noite quando se acredita que seus atos trarão o bem à humanidade. Hitler convenceu os alemães – e muitos estrangeiros – de que, após o massacre, nasceria um mundo melhor.



Isso pode soar absurdo hoje, mas era um fato aceito pela ciência da época. “O Holocausto não ocorreu no vácuo. Ele seguiu décadas de crescente aceitação científica à desigualdade entre os homens”, diz o alemão Henry Friedlander, historiador e autor de The Origins of Nazi Genocide (“As Origens do Genocídio Nazista”, sem versão brasileira). Friedlander se refere a um conceito nascido no século 19 nas melhores universidades: a eugenia.
A eugenia surgiu sob o impacto da publicação, em 1859, de um livro que mudaria para sempre o pensamento ocidental: A Origem das Espécies, de Charles Darwin. Darwin mostrou que as espécies não são imutáveis, mas evoluem gradualmente a partir de um antepassado comum à medida que os indivíduos mais aptos vivem mais e deixam mais descendentes. Pela primeira vez, o destino do mundo estava nas mãos da natureza, e não nas de Deus.
Darwin restringiu sua teoria ao mundo natural, mas outros pensadores a adaptaram – de um jeito meio torto – às sociedades humanas (veja o quadro desta página e da anterior). O mais destacado entre eles foi o matemático inglês Francis Galton, primo de Darwin. Em 1865, ele postulou que a hereditariedade transmitia características mentais – o que faz sentido. Mas algumas idéias de Galton eram bem mais esquisitas. Por exemplo, ele dizia que, se os membros das melhores famílias se casassem com parceiros escolhidos, poderiam gerar uma raça de homens mais capazes. A partir das palavras gregas para “bem” e “nascer”, Galton criou o termo “eugenia” para batizar essa nova teoria.
Galton se inspirou nas obras então recém-descobertas de Gregor Mendel, um monge checo morto 12 anos antes que passaria à história como fundador da genética. Ao cruzar pés de ervilhas, Mendel havia identificado características que governavam a reprodução, chamando-as de dominantes e recessivas. Quando ervilhas de casca enrugada cruzam com as de casca lisa, o descendente tende a ter casca enrugada, pois esse gene é dominante.
Os eugenistas viram na genética o argumento para justificar seu racismo. Eles interpretaram as experiências de Mendel assim: casca enrugada é uma “degeneração” (hoje sabe-se que estavam errados – tratava-se apenas de uma variação genética, algo ótimo para a sobrevivência). Misturar genes bons com “degenerados”, para eles, estragaria a linhagem. Para evitar isso, só mantendo a raça “pura” – e aí eles não estavam mais falando de ervilhas. O eugenista Madison Grant, do Museu Americano de História Natural, advertia em 1916: “O cruzamento entre um branco e um índio faz um índio, entre um branco e um negro faz um negro, entre um branco e um hindu faz um hindu, entre qualquer raça européia e um judeu faz um judeu”.
As idéias eugenistas fizeram sucesso entre as elites intelectuais de boa parte do Ocidente, inclusive as brasileiras. Mas houve um país em que elas se desenvolveram primeiro, e não foi a Alemanha: foram os EUA. Não tardou até que os eugenistas de lá começassem a querer transformar suas teorias em políticas públicas. “Em suas mentes, as futuras gerações dos geneticamente incapazes deveriam ser eliminadas”, diz o jornalista americano Edwin Black, autor de A Guerra contra os Fracos. A miscigenação deveria ser proibida.
Programas de engenharia humana começaram a surgir, inspirados por técnicas advindas de estábulos e galinheiros. O zoólogo Charles Davenport, líder do movimento nos EUA, acreditava que os humanos poderiam ser criados e castrados como trutas e cavalos. Instituições de prestígio, como a Fundação Rockefeller e o Instituto Carnegie, doaram fundos para as pesquisas, universidades de primeira linha, como Stanford, ministraram cursos. Os eugenistas americanos ergueram escritórios de registros de “incapazes”, criaram testes de QI para justificar seu encarceramento e conseguiram que 29 estados fizessem leis para esterilizá-los.
As primeiras vítimas foram pobres da Virgínia, e depois negros, judeus, mexicanos, europeus do sul, epilépticos e alcoólatras. Segundo Black, 60 mil pessoas foram esterilizadas à força nos EUA. Em seguida, países como a Suécia e a Finlândia começaram programas parecidos.
Portanto, quando a Alemanha de Hitler começou a esterilizar deficientes físicos e mentais, em 1934, não estava inventando nada. Só que eles foram mais longe. “Hitler está nos vencendo em nosso próprio jogo”, indignou-se o médico americano Joseph DeJarnette, que castrava pobres. Em 1939, os alemães começaram a matar deficientes, num programa de “eutanásia forçada”. Médicos usaram o gás inseticida Zyklon B para eliminar 70 mil pessoas “indignas de viver”. O programa foi suspenso após protestos, mas serviu de ensaio para os campos de concentração, onde Zyklon B exterminaria qualquer um que ameaçasse o projeto da raça pura e a conseqüente “melhora da humanidade”.
“Hitler conseguiu recrutar mais seguidores entre alemães equilibrados ao afirmar que a ciência estava a seu lado”, diz Black. “Seu vice, Rudolf Hess, dizia que o nacional-socialismo não era nada além de biologia aplicada.” Com o carimbo da ciência, ainda que meio falsificado, ficou mais fácil para gente como Julius compactuar com o absurdo nazista.

A 2ª idéia: um ódio ancestral

A eugenia forneceu a base teórica para o assassinato de ciganos, deficientes, homossexuais e outros “inferiores”. Mas por que só um povo foi marcado para o extermínio? Por que os judeus? Essa resposta é ainda mais antiga. “O primeiro anti-semitismo foi o dos romanos, que não toleravam costumes judaicos como o shabat (dia do descanso) e o culto ao Deus único”, escreveu o historiador francês Gerald Messadié em História Geral do Anti-Semitismo.
Quando o Império Romano adotou o cristianismo, no século 4, a perseguição cultural e política virou religiosa. “Esquecendo-se de que Jesus foi judeu, os partidários da Igreja iriam, em nome de Jesus, cobrir os judeus de acusações”, diz Messadié. A maior delas veio em 325, quando a Igreja culpou os judeus pela morte de Cristo, uma acusação só retirada em 1965. A cristandade medieval viu crescer os mitos de que judeus eram aliados do diabo, utilizavam sangue de crianças cristãs e tramavam o domínio do mundo (veja o quadro da páginas 40 e desta). Muitos judeus se converteram ao cristianismo para não terminar nas fogueiras da Inquisição.
Ou seja, também nesse aspecto, o nazismo não foi novidade, como deixa claro o livro Christian Antisemitism, A History of Hate (“Anti-Semitismo Cristão, Uma História de Ódio”, sem versão no Brasil), de William Nicholls, estudioso da religião da Universidade de British Columbia, Canadá. Nicholls mostra que muitas medidas anti-semitas da lei canônica medieval são reencontradas quase palavra por palavra na jurisdição nazista dos anos 30. Tanto a obrigação do uso de uma insígnia nas roupas quanto as proibições aos cristãos de vender bens, casar ou fazer sexo com judeus já existiam em leis da Igreja do século 13. Mas o século 19 trouxe uma novidade. Antes, os judeus tinham uma saída, a conversão. Agora, com a eugenia, o anti-semitismo deixou o caráter religioso e incorporou um novo conceito: a raça. 

 


A natureza dos judeus agora era imutável e nem se converter os salvaria.
Com a vitória dos nazistas e a fundação do 3o Reich, em 1933, o anti-semitismo pela primeira vez se tornou política de Estado, e a população, convencida pelos mitos medievais, não pareceu se incomodar. O historiador inglês Norman Cohn, da Universidade de Sussex, constatou isso ao ler interrogatórios de ex-membros das SS, as tropas de repressão nazistas. “O genocídio dos judeus foi motivado pela idéia de que eles eram conspiradores decididos a dominar a humanidade – uma versão secularizada da idéia de feiticeiros empregados por Satanás”, afirma Cohn no livro Conspiração Mundial dos Judeus: Mito ou Realidade?.
Daniel Goldhagen, professor de Estudos Sociais e Governamentais da Universidade Harvard, ampliou a pesquisa ao estudar pessoas como Julius, que participaram do assassinato de judeus. “Movidos pelo anti-semitismo, os perpetradores acreditavam que acabar com os judeus era justo, correto e necessário.” Segundo ele, nenhum homem de Julius nem de qualquer outro batalhão foi morto ou mandado a campo de concentração por se recusar a matar judeus. Ou seja, tal ato não era considerado errado naquele lugar e naquela época. No discurso de alguns ideólogos nazistas, era uma medida sanitária. Quase como exterminar ratos.

3ª idéia: o amor à pátria

A eugenia emprestou a fachada científica e o anti-semitismo forneceu a motivação, mas os nazistas não teriam feito tanto barulho sem uma 3a idéia: o nacionalismo. Hitler seguiu as pegadas do primeiro-ministro prussiano Otto von Bismarck, que ajudou a inventar a identidade germânica e, com isso, unificou o então fragmentado país, em 1871, e fundou o 2o Reich. Assim, Bismarck venceu os franceses na Guerra Franco-Prussiana. Tinham se passado 12 anos da publicação de A Origem das Espécies e a Alemanha estava vitoriosa e cheia de entusiasmo. Aí o país se lançou ao imperialismo baseado no “darwinismo social”, declarando sua superioridade sobre os africanos e asiáticos e justificando assim seu direito de dominá-los.



Mas, nos anos 30, o clima era outro: a Alemanha estava deprimida. Perdera a 1a Guerra e naufragava na desordem, na crise econômica e na desunião. Como Bismarck, Hitler fomentou o nacionalismo. “A utopia hitleriana se baseava em 3 erres: reich (império), raum (espaço) e rasse (raça)”, diz a alemã Marlis Steinert, historiadora do Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra. Segundo ela, o sonho do reich remontava à lembrança mística de Frederico Barbarossa, senhor do Sacro Império Romano-Germânico, o 1o Reich, que começou por volta de 800 e durou 1 000 anos.
Já as noções de espaço e raça vinham do século 19 e simbolizavam o vínculo entre a natureza, a terra e o homem, como cantavam os poetas do romantismo. Hitler queria expandir o território e dar à história alemã seu verdadeiro sentido, devolvendo ao povo seu espaço vital. Ele afirmava que traria de volta os tempos de grande potência e fundaria o 3o Reich. Não é à toa que a investida contra a União Soviética se chamou Operação Barbarossa.
A trilogia dos erres se encaixou na velha ideologia volkisch (“do povo”), arraigada na Alemanha antes da chegada do nazismo. Segundo ela, um povo só floresce se todas suas partes estão saudáveis. É aí que entra a interpretação nazista do socialismo. Afinal, você já deve ter se perguntado por que o partido de Hitler (o Nacional-Socialista) tinha socialismo no nome, se era absolutamente anti-comunista. “Para Hitler, o socialismo era a ciência da prosperidade coletiva e nada tinha a ver com marxismo”, afirma Marlis. O “socialismo” dos nazistas tinha esse nome porque supostamente colocava o coletivo (social) acima do indivíduo.
E qual era a principal ameaça a esse ideal nacionalista de um corpo saudável? Os judeus, por não terem um lar nacional. Aos olhos nazistas, eles formavam uma nação internacional e eram portanto mais perigosos que qualquer país estrangeiro, por corroer a Alemanha de dentro, como uma infecção. Em seus discursos, Hitler os acusava de desnacionalizar o Estado e alterar a pureza do sangue ariano para destruir o povo. Ele os chamava ora de comunistas, ora de capitalistas, mas sempre materialistas, em oposição ao idealismo germânico. “Para o pensamento hitlerista, ser socialista é também ser anti-semita porque o socialismo se opõe ao materialismo e protege a nação”, diz Marlis.
Mais uma vez, gente como Julius tinha uma justificativa para matar. Na sua cabeça, era em nome da nação, do coletivo. E, para alguns, fica mais fácil tolerar a injustiça contra indivíduos quando se acredita que o objetivo final é o bem comum.

4ª idéia: a fria modernidade

“O Holocausto foi executado na sociedade moderna e racional, em nosso alto estágio de civilização e no auge do desenvolvimento cultural humano. Por isso, é um problema da nossa civilização e da nossa sociedade”, diz o sociólogo polonês Zygmunt Baumann, autor de Modernidade e Holocausto. Por isso é tão difícil falar abertamente sobre o assunto. O nazismo diz respeito a nós. Auschwitz é tão ocidental e moderno quanto a calça jeans. O Holocausto foi feito ao modo moderno: racional, planejado, “cientificamente” fundamentado, especializado, burocrático, eficiente.
Os genocidas obedeciam a rotinas de organização. Julius e seus homens fumavam entre os fuzilamentos, como um funcionário de escritório. Relaxavam, batiam papo e voltavam a disparar. Foi com uma solução moderna, os cartões perfurados das máquinas Hollerith da IBM, que os nazistas localizaram suas vítimas. A IBM não só forneceu máquinas, mas idealizou o sistema e prestou assessoria técnica para que tudo funcionasse nos conformes.
Quando os nazistas perceberam que tiros não seriam suficientes para eliminar os 11 milhões de judeus da Europa, recorreram a outra solução moderna, as câmaras de gás, inspiradas nas mais avançadas tecnologias de dedetização. Auschwitz era uma fábrica de matar – tinha capacidade para queimar 4 756 corpos por dia em 5 crematórios. Uma grande “inovação”, se comparada aos métodos usados pelos turcos contra os armênios em 1915: fuzilamento, golpes de clavas e baionetas.
A tecnologia moderna libertou o homem de séculos de domínio da natureza. Graças a ela o homem pela primeira vez acreditou que não era apenas uma “criatura de Deus”, a mercê de Seus desígnios, mas um sujeito capaz de moldar o mundo. Foi justamente o que os nazistas quiseram fazer: mudar a Terra, construir sua utopia. E pretendiam fazer isso do jeito moderno: sem questionamentos morais, em nome do “progresso”.
Ainda assim, não faltaram contradições no casamento entre o nazismo e a modernidade. Hitler usou as técnicas, mas combatia as idéias modernas. Era contra os valores de igualdade, liberdade e democracia emanados pela Revolução Francesa. E, como você vai ver a seguir, quis reinstaurar a Antiguidade grega em pleno século 20.

5ª idéia: a ilusão da beleza

Este último componente do nazismo é talvez o mais chocante. Por trás da tragédia do Holocausto e da morte de 50 milhões de pessoas, estava o sonho de criar um mundo mais puro, mais harmonioso – enfim, mais belo. “O nazismo também era estética”, diz o sueco Peter Cohen, diretor do documentário Arquitetura da Destruição. “Pregava que uma nova Alemanha surgiria, mais forte e bonita, num sonho ao qual só os artistas podiam dar forma.”
O 5º elemento do nazismo aflorou da personalidade de seus líderes. Joseph Goebbels, ministro da Propaganda, escrevia romances e peças teatrais e vários outros líderes nazistas eram artistas e escritores. Hitler pintava aquarelas. Com o amigo de infância August Kubizek, ele escreveu uma ópera seguindo uma idéia do compositor Richard Wagner, expoente do romantismo alemão e da escola volkisch. A trama se passa na Roma medieval e o protagonista é um tal Rienzi, um plebeu que tenta restabelecer a Antiguidade.
O führer parecia decidido a encarnar Rienzi na vida real. Seria ele o artista-príncipe que anunciaria a nova civilização clássica, inspirada na Grécia e em Roma. Tanto que o ditador era também diretor, cenógrafo e protagonista dos comícios nazistas. Ele mesmo desenhou as bandeiras, os estandartes, os uniformes e a temível insígnia da suástica. Quando a guerra começou, ele mandou artistas ao front para pintar as glórias do exército e ordenou a confecção de esculturas gigantescas inspiradas no ideal grego de beleza. Uma dessas esculturas era dele próprio e seria colocada no centro de Berlim, planejada para ser a cidade mais grandiosa do mundo, capital da futura civilização. Hitler tinha uma idéia peculiar sobre arte. Assim como os arianos eram a raça pura, os clássicos eram a arte pura. E a arte moderna seria a equivalente dos judeus (e das ervilhas enrugadas): degenerada. As fileiras nazistas estavam cheias de artistas, mas a classe profissional mais numerosa no partido era a dos médicos. Tanto uns como outros tinham um sonho em comum: uma sociedade mais “harmônica” e, conseqüentemente, mais “saudável”.
Na vida real, Hitler só encenou o 1o ato de sua ópera. Projetou sua megalômana Berlim e desenhou os esboços de prédios monumentais para várias cidades alemãs. A morte de todos os judeus faria parte desse projeto estético de um mundo mais harmonioso. Felizmente, não deu tempo de terminar nem as obras nem o extermínio. Em 1941 ele percebeu que não venceria. Quanto mais perto da derrota, mais intensificava o genocídio – convencido de que o esforço valeria a pena se pudesse deixar para a posteridade um mundo sem judeus. Apesar da necessidade de logística na guerra, os trens davam prioridade ao transporte de prisioneiros para os campos. “Para Hitler a perda da guerra não significava o fim do nazismo, pois a queda do 3o Reich influenciaria as futuras gerações”, diz Cohen. “O país se reergueria das ruínas. Da derrota total, brotaria uma nova semente.”
Sobrou uma semente?
O sonho de Hitler, felizmente, não se realizou. O nazismo deixou de existir como alternativa política no momento em que a 2a Guerra Mundial acabou. Mas será que ele pode voltar?
“Embora a História se repita, nunca é da mesma maneira. Dificilmente veremos uma situação idêntica à da Alemanha nazista”, diz a escritora e ex-deputada espanhola Pilar Rahola. “Mas não estamos livres da estruturação do nazismo em partidos políticos, como os do austríaco Jorg Haider e do francês Jean-Marie Le Pen, que camuflam sua ideologia com discursos ultracatólicos”. Cresce também o totalitarismo ideológico, incluindo o de base islâmica. “Não é à toa que terroristas islâmicos têm se conectado com grupos de extrema direita e o próprio Haider é admirador de bin Laden”, diz Pilar.
Edwin Black diz que a eugenia também está viva e continua definindo o valor do indivíduo com base no seu valor genético. A diferença é que os eugenistas de hoje não se guiam por bandeiras e sim por dinheiro. De posse de banco de dados com identidades de DNA, agências de emprego e companhias de seguro estão negando serviço a pessoas que têm doenças degenerativas. “Assistimos à aparição de uma subclasse discriminada por sua linhagem ancestral”, afirma. “O Parlamento inglês chamou esse fenômeno de gueto genético.”
Os genocídios tampouco deixaram de existir após o Holocausto. Nos últimos anos, assistimos à morte de 100 mil curdos no Iraque, 200 mil bósnios na ex-Iugoslávia e 800 mil tutsis em Ruanda. Para o escritor israelense Amos Oz, autor de Contra o Fanatismo, ideologias que pregam a superioridade de uns sobre os outros nunca fizeram tanto a cabeça dos jovens. “Quanto mais complicada a vida se torna, mais buscamos respostas simples. E essas respostas às vezes são fanáticas”, diz ele.
O nazismo pode até ter morrido. Mas os seus 5 pilares, as 5 idéias que deram origem a ele, sobreviveram à guerra e aos 60 anos depois dela. O carimbo de “aprovado pela ciência” continua sendo distribuído a esmo, e dando aval a projetos imorais. O racismo e a noção de que os homens são desiguais continuam a ser forças que movem multidões, e o nacionalismo exacerbado anda quase sempre ao lado deles. A “busca do progresso” e a modernidade continuam sendo argumentos invencíveis, que quase sempre dispensam a ética em nome da eficácia (ou, cada vez mais, do lucro). E as utopias continuam convencendo o homem a desprezar o indivíduo em nome do “moderno”, do “belo” ou do “sonho”. Pelo menos já sabemos no que essa mistura pode dar. 

É melhor não esquecer.




De Darwin a Hitler
1859 - Charles Darwin
Publica A Origem das Espécies, em que defende a seleção natural.
1866 - Gregor Mendel
Identifica as características dominantes e recessivas.
1869 - Francis Galton
Diz que a hereditariedade transmite qualidades mentais. Galton não queria eliminar os indesejáveis, mas incentivar a procriação dos desejáveis. Daí a idéia ser conhecida como “eugenia positiva”.
1876 - Cesare Lombroso
Relaciona traços físicos com propensão ao crime e afirma que alguns bandidos nascem para o mal. Com isso, alimenta o ódio racial.
1880 - Alfred Ploetz
O socialista alemão vai aos EUA e se impressiona com as idéias de Galton. Na volta, funda a Sociedade para Higiene Racial, a estréia da eugenia na Alemanha.
1911 - Charles Davenport
Líder dos eugenistas americanos, considera a inferioridade um traço dominante. É pioneiro da "eugenia negativa”, cujo objetivo era eliminar os "incapazes”.
1921 - Eugen Fischer, Erwin Baur e Fritz Lenz
Publicam O Ensino da Hereditariedade Humana e da Higiene Racial, livro de cabeceira de Hitler na cadeia, em 1924.
1925 - Adolf Hitler
Em Mein Kampf (“Minha Luta”), escrito na cadeia, afirma que só humanos com traços hereditários valiosos devem procriar – os judeus estão fora.

O mito da conspiração
325
O Concílio de Nicéia acusa os judeus de terem matado Jesus.
1348
A Inquisição acusa judeus de envenenar poços.
1797
O francês Augustine Barruel diz que a Ordem dos Templários é uma sociedade secreta maçônico-judaica para abolir as monarquias e o papado.
1869
O historiador francês Gougenot des Mousseaux diz que o mundo está nas garras dos judeus cabalistas, adoradores de Satanás.
1886
O sérvio Osman-Bey menciona uma tal “aliança israelita universal” e propõe o extermínio dos judeus.
1890
O jornal jesuíta La Civilità Cattolica descreve o povo judeu como um polvo gigante apertando o mundo.
1903
O editor russo P. A. Krushevan publica a 1a versão dos Protocolos dos Sábios de Sião num jornal. O texto, de autor anônimo, fala de uma suposta reunião de judeus que tramam o domínio do planeta.
1918
Os Protocolos são usados para justificar o assassinato de judeus na guerra civil russa.
1925
Em Mein Kampf (“Minha Luta”), Hitler cita os Protocolos para argumentar que a ameaça judaica deve ser eliminada.
1933
A Alemanha nazista adota os Protocolos em escolas.

A "ciência" nazista
Carl Clauberg
Desenvolveu um método de esterilização forçada em massa ao introduzir um composto irritante no aparelho reprodutor feminino. Após algumas semanas, a inflamação bloqueava as trompas.
Horst Shumann
Expunha o ovário de prisioneiras aos raios X. Como a alta radiação chegava a queimá-las, Shumman admitiu que a castração cirúrgica era mais eficaz.

Johann Paul Kremer
Observava as pessoas morrerem de fome. Ele as acompanhava definhar até chegarem ao último ponto de exaustão, conhecido como estado Musselman. Em seguida, aplicava-lhes uma injeção de fenol e fazia necrópsia antes que o corpo esfriasse.
Joseph Mengele
Fazia experimentos com gêmeos e anões. Separava órgãos e cabeças de crianças ciganas e os mandava, preservados em jarros, para instituições como a Academia Médica de Gratz, na Áustria.
Friedrich Entress, Helmuth Vetter e Eduard Wirths
Observavam a tolerância e a eficácia de substâncias químicas em prisioneiros para a fabricação de remédios por empresas farmacêuticas alemãs.
August Hirt
Mediu os ossos de 115 prisioneiros de Auschwitz (79 judeus, 30 judias, 2 poloneses e 4 asiáticos), mandou-os para as câmaras de gás e depois colocou os corpos em sua coleção de esqueletos. A intenção era usá-la em estudos antropológicos para demonstrar a superioridade da raça nórdica.

Para saber mais:

The Origins of Nazi Genocide: From Euthanasia to Final Solution - Henry Friendlander, Chapel Hill, EUA, 1995
A Guerra contra os Fracos - Edwin Black, A Girafa, 2003
Os Carrascos Voluntários de Hitler - Daniel Jonah Goldhagen, Companhia das Letras, 1996
A Conspiração Mundial dos Judeus: Mito ou Realidade? - Norman Cohn, Ibrasa, 1967
Hitler y el Universo Hitleriano - Marlis Steinert, Ediciones B, Argentina, 2004
Minha Luta – Mein Kampf - Adolf Hitler, Centauro, 2005
Arquitetura da Destruição (em VHS), Peter Cohen, Coleção Cult, 1999

fonte :

www.super.abril.com.br 
Texto Eduardo Szklarz

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