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sexta-feira, 20 de julho de 2012

PRODUTORES DE CANA REIVINDICAM ESTADO DE EMERGÊNCIA DA ZONA DA MATA


O número de municípios em situação de emergência em virtude da seca pode aumentar no estado. Todas as cidades da Zona da Mata podem entrar na lista. Esta, pelo menos, é a reivindicação da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). A entidade formalizará o pleito a todos os prefeitos das cidades da mesorregião. A solicitação tem como objetivo minimizar os problemas dos produtores rurais, uma vez que só através da decretação de emergência os benefícios federais podem ser direcionados aos atingidos pela maior estiagem dos últimos 30 anos na região.

A entidade acredita no atendimento da solicitação, sobretudo, devido o prejuízo econômico e social que a estiagem tem provocado nos municípios da região canavieira. De acordo com o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, a seca já é responsável pelo decréscimo da receita do setor sucroenergético na ordem de R$ 700 milhões, deixando assim de gerar empregos e impostos para o Estado. “Além disso, também resulta na frustração de receita dos produtores rurais, dificultando que estes possam honrar com compromissos, principalmente junto às instituições financeiras, referente aos empréstimos rurais” pontua.

Diante do cenário, o dirigente da AFCP espera que os prefeitos da Zona da Mata, cidades também bastante afetada pela seca além do Agreste e do Sertão, decrete o Estado de Emergência, com o reconhecimento da Secretaria Nacional de Defesa Civil, para que os produtores rurais possam se enquadrar nas ações governamentais. Dentre as medidas, os fornecedores de cana poderão prorrogar os débitos com os bancos, com taxas de juros diferenciadas, assim podendo manter sua propriedade rural produtiva e cumprindo sua função social.

Crédito Emergencial - O Banco do Nordeste dispõe de R$ 1 bilhão para empreendimentos de municípios com decreto de situação de emergência reconhecido pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Os recursos são do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O limite de crédito varia de R$ 2,5 mil a R$ 100 mil, com juros de 1% a.a para os agricultores familiares, com bônus 40% sobre a parcela paga em dia, e de 3,5% a.a para os demais produtores, sem bônus. A iniciativa beneficia os produtores rurais vítimas da seca, cujos municípios tenham decretado estado de emergência ou calamidade pública.  Dentro das possibilidades do FNE, o destaque é para a linha especial de crédito para a estiagem, para a concessão de crédito de investimento, capital de giro, assim como custeio agrícola e pecuário. 

fonte : folhadelimoeiro.com

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